A gigante francesa de laticínios e alimentos Danone anunciou hoje (14) que tem planos de sair do mercado russo, seguindo os exemplos da Pepsi, da Coca-Cola, do McDonald’s e de outras marcas globais de alimentos que deixaram o país após a invasão à Ucrânia.
A Danone informou que iniciou a transferência do controle de seus negócios de laticínios e alimentos vegetais para uma entidade ainda não identificada na Rússia. A decisão deve custar € 1 bilhão (US$ 975 milhões) à empresa, informou a Danone. As operações russas representaram 5% do faturamento no acumulado deste ano.
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A Danone justificou a decisão por considerá-la “a melhor opção para garantir a continuidade dos negócios locais a longo prazo” para seus funcionários, clientes e parceiros na Rússia.
Debandada
A Danone se junta a várias outras multinacionais de alimentos e bebidas que reduziram ou encerraram suas atividades na Rússia devido às sanções contra o país após a invasão da Ucrânia, no fim de fevereiro..
No mês passado, a PepsiCo parou de fabricar seus refrigerantes – incluindo marcas populares como Pepsi-Cola, Mountain Dew, Mirinda e 7Up. Sua principal rival, a Coca-Cola, também encerrou as vendas e a produção. Sua engarrafadora na Rússia está produzindo apenas marcas locais.
A suíça Nestlé também suspendeu as vendas de suas marcas globais de alimentos e bebidas como KitKat e Nesquik. Pepsi e Nestlé, no entanto, continuam a vender produtos considerados essenciais para o dia a dia, como leite, alimentos infantis e comida para bebê.
Outras grandes marcas de alimentos, como McDonald’s e Starbucks, saíram totalmente da Rússia depois de fechar todas as suas unidades no país.
Carros e roupas
A Danone é a segunda grande multinacional a anunciar sua saída da Rússia nesta semana, após um comunicado semelhante da montadora japonesa Nissan.
Em seu anúncio, a Nissan disse que estava vendendo sua unidade russa para uma entidade estatal por um valor simbólico de € 1 (US$ 0,98).
Outras montadoras, como Toyota, Volkswagen, Mercedes-Benz e General Motors, suspenderam a fabricação e as importações na Rússia.
Gigantes do vestuário como Nike, H&M, Uniqlo e Adidas também deixaram o país desde o início da guerra. Apple, Google, Microsoft, Samsung e Playstation da Sony também tomaram atitudes e suspenderam as vendas de hardware, além de bloquear o acesso às suas vitrines digitais na Rússia.