Desde criança, Robson Carvalho tinha um sonho: seguir o exemplo de um tio, que era seu modelo de sucesso, e ser gerente de banco. Carvalho conseguiu. E foi além: tornou-se dono de seu próprio banco.
Nascido em uma família de baixa renda, trabalhava como office boy durante o dia e entregava pizzas à noite para se sustentar e ajudar a pagar a sua faculdade. A rotina puxada durou até ele conseguir um emprego de ajudante no Banco Real.
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Nos 13 anos seguintes, ele mudaria de agência e de empregador. Era gerente do HSBC até ser demitido, após o banco inglês ser comprado pelo Bradesco. “Com a fusão, todos os funcionários do HSBC foram desligados”, diz ele. “Fiquei sem rumo, achei que minha carreira tinha acabado ali.”
Sem saber o que fazer, considerou várias alternativas. Tornar-se consultor e abrir uma franquia foram algumas delas. Porém, tudo parecia muito complicado para quem, como ele, nunca acreditou que conseguiria empreender. Buscando segurança, Carvalho passou a procurar por franquias que já estivessem estabelecidas no mercado para reduzir os riscos.
Foi quando conheceu a CredFácil, empresa de seu atual sócio, André Oliveira. O empresário juntou o dinheiro da rescisão e pegou mais um empréstimo de R$ 40 mil e comprou a sua primeira franquia.
“Quando conheci o modelo de negócio da CredFácil me identifiquei de cara, pois a franquia oferecia produtos como seguro e crédito imobiliário, que eu conhecia bastante desde a época do banco”, diz ele. “Só precisei montar a minha equipe e colocar o negócio para funcionar, sabendo que tinha um banco nas mãos.”
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Com a franquia rodando e tendo experiência no setor, Carvalho conquistou a confiança de Oliveira, CEO da CredFácil, que começou a designar novas funções ao seu mais novo parceiro. Em pouco tempo, Carvalho virou gerente da empresa e passou a cuidar de 30 lojas, ajudando o negócio a se tornar mais saudável.
“Depois de um tempo o André me chamou e me propôs uma sociedade para a criação de uma empresa de pagamentos focada em maquininhas, a DinDin Pag. A partir desse momento nós corremos para estruturar o negócio e criar o modelo de franquias. No lançamento, só para a base de clientes da CredFácil, vendemos 20 unidades em um dia”, diz.
Durante a pandemia, a nova empresa patinou para manter as suas então 60 unidades e percebeu que precisaria oferecer mais serviços. Por exemplo, os financiamentos, que estavam sendo solicitados pelos clientes. Isso alterou o modelo de negócios e o nome da empresa, rebatizada DinDinCred.
DinDinCred
A franqueadora de Carvalho e Oliveira espera faturar mais de R$ 100 milhões em 2022, triplicando o valor acumulado em 2021. Hoje, a empresa conta com mais de 100 franqueados e os empresários esperam ultrapassar 150 unidades até o começo de 2023.
“Nós desenvolvemos um negócio que atende pessoas que ganham pouco e sempre achavam que era impossível empreender. Nossa missão é exatamente essa, levar o empreendedorismo para todo o Brasil e mostrar que é possível”, explica Carvalho.
O DinDinCred traz três opções de negócio para os franqueados. A mais barata é a home based, com custo inicial de R$ 15 mil. Em seguida vem o modelo loja, que custa R$ 40 mil e o modelo Black, com investimento inicial de R$ 60 mil.
Cerca de 90% dos parceiros da empresa se enquadram no modelo que pode ser feito diretamente de casa.
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Carvalho diz que o retorno para os franqueadores varia de acordo com a localização e com o modelo escolhido. “Temos franqueados que faturam de R$ 10 mil até R$ 1 milhão por mês. No modelo Black, que tem mais funcionários e é mais robusto, tem clientes que chegam a faturar R$ 5 milhões por mês”, explica.
Apesar do sucesso, o empresário nunca perdeu a vontade de ter o seu próprio banco. O lançamento está previsto para janeiro. “Vamos oferecer contas-correntes, cartão de crédito, cheque especial e tudo que tem direito. O processo já está aprovado pelo Banco Central’, diz ele. “Já tenho até um piloto do cartão. Fico até arrepiado de falar”, diz Carvalho.
Hoje, se a DinDinCred já fosse um banco, estaria entre as 20 maiores redes do país, levando em consideração o número de agências, de acordo com os dados da IF.Data do Banco Central. Para os sócios, o céu é o limite.