O Ibovespa iniciou o pregão de hoje (27) em alta de 0,56%, retomando os 113 mil pontos (113.399), por volta das 10h20 (horário de Brasília). Por aqui, investidores ficam de olho nos balanços corporativos e na reta final das eleições presidenciais. Além disso, as decisões de política monetária também entram no radar. No Brasil, o BC manteve a Selic em 13,75%. Já o Banco Central Europeu (BCE) elevou os juros a 0,75 ponto percentual.
Entre os resultados das empresas, o dia começou com os números da cervejaria Ambev (ABEV3), que impulsionam as ações nesta manhã (+2,32%).
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O lucro líquido no terceiro trimestre foi maior do que o esperado por analistas, graças ao desempenho no mercado doméstico, e reafirmou uma projeção de crescimento de receita e Ebitda no segundo semestre em níveis maiores do que no primeiro.
A companhia teve lucro líquido trimestral de R$ 3,21 bilhões, queda de 13,4% em relação a igual período do ano anterior, mas acima das estimativas, já que analistas esperavam lucro de R$ 2,48 bilhões, segundo pesquisa da Refinitiv.
Analistas do JPMorgan elogiaram os resultados da Ambev no Brasil e disseram que os volumes ficaram acima de suas expectativas otimistas, com um sólido aumento de preço médio, o que mostra resiliência do mercado.
Eles esperam um quarto trimestre forte, já que a administração da Ambev reiterou sua projeção de crescimento de receita e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) para o segundo semestre, resultados que devem ser parcialmente impulsionados pela Copa do Mundo do Qatar.
Agora, a espera é pelos resultados da Vale (VALE3). A mineradora reporta seus números após o fechamento do mercado.
Ontem (27), o Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve a Selic em 13,75%. A decisão já era esperada pelo mercado.
Entre os indicadores econômicos divulgados nesta manhã, está a taxa de desemprego. Segundo o IBGE, o Brasil encerrou o terceiro trimestre com a menor taxa em mais de sete anos, de 8,7%, dando seguimento à recuperação do mercado de trabalho, ainda que calcada na informalidade.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, a taxa estava em 9,3% no segundo trimestre, e em 12,6% no terceiro trimestre de 2021. A expectativa é de que o desemprego continue recuando até o final do ano, diante da recuperação econômica e dos efeitos da reabertura após a pandemia.
Outro ponto de atenção é a eleição presidencial. Investidores continuam ajustando posições a poucos dias do desfecho, com pesquisas mostrando uma disputa acirrada entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Cenário externo
O BCE (Banco Central Europeu) aumentou as taxas de juros de novo nesta quinta-feira e sinalizou que está pronto para começar a encolher seu balanço, dando novo passo no aperto da política monetária para combater a inflação recorde.
Temendo que o rápido crescimento dos preços esteja se tornando arraigado, o BCE está aumentando os juros no ritmo mais rápido de que há registro, com mais altas praticamente certas já que desfazer uma década de estímulo pode muito bem tomar o próximo ano e além.
Em uma série de movimentos complexos, o banco central dos 19 países que compartilham o euro aumentou a taxa de depósito em 0,75 ponto percentual, levando-a ao nível mais alto desde 2009, de 1,5%.
O aumento total chegou a 2 pontos percentuais em três reuniões. Até julho, as taxas do BCE estavam em território negativo havia oito anos.
Nos Estados Unidos, os primeiros resultados das big techs não agradaram o mercado. Os índices caíram majoritariamente na sessão de ontem, com destaque para o Nasdaq. Hoje, os futuros sobem, com exceção do índice de referência de tecnologia.
O Dow Jones futuro avança 1,19%, aos 32.256 pontos, o S&P 500 sobe 0,42%, aos 3.859 pontos, e o Nasdaq recua 0,19%, aos 11.418 pontos.
O dólar perde força frente ao real. A moeda norte-americana recua 0,82%, negociado a R$ 5,3363. (Com Reuters)
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