O Ibovespa iniciou o pregão de hoje (13) em queda de 1,55%, aos 113.045 pontos, por volta das 10h10 (horário de Brasília). Em dia sem grandes novidades na agenda local, o principal índice da B3 foi contaminado pelos futuros de Wall Street, que caem mais de 1% após os dados de inflação dos Estados Unidos.
Por aqui, apenas três ações operam em alta: Cielo (CIEL3), BB Seguridade (BBSE3) e São Martinho (SMTO3), com altas de 0,87%, 0,33% e 0,19%, respectivamente.
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O CPI (preços ao consumidor, em português) nos EUA subiu mais do que o esperado em setembro e as pressões inflacionárias continuam a aumentar. Isso reforça as expectativas de que o Federal Reserve (banco central norte-americano) adotará uma quarta alta de 0,75 ponto percentual na taxa de juros no próximo mês.
De acordo com o Departamento do Trabalho, o índice subiu 0,4% no mês passado, depois de avanço de 0,1% em agosto. O consenso Refinitiv estimava uma alta de 0,2%.
Nos 12 meses até setembro, o CPI teve alta de 8,2%, depois de ter subido 8,3% em agosto. Na base anual, o índice atingiu um pico de 9,1% em junho, que foi o maior avanço desde novembro de 1981.
“Vemos um cenário de alta volatilidade e incerteza. Com esses dados, ficou cada vez mais certo de que o Fed irá realizar realmente uma alta de 0,75 p.p. na próxima reunião. O Federal Reserve não irá interromper o ciclo de alta de juros tão cedo”, explica Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.
Em meio a esse cenário, os ativos de risco são penalizados. Às 10h05, o Dow Jones futuro cedia 1,72%, aos 28.759 pontos, o S&P 500 tinha forte desvalorização de 2,03%, aos 3.515 pontos, e o Nasdaq recuava 2,78%, aos 10.542 pontos.
Quanto mais agressivo é o Fed no aumento dos juros, mais o dólar tende a se beneficiar. Com investidores em busca de segurança, a moeda norte-americana passou a subir forte, com valorização de 1,61% frente ao real, a R$ 5,3564.
Ainda no cenário internacional, as Bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda, refletindo o sentimento de cautela antes da divulgação do CPI dos EUA. Em Tóquio, o Nikkei encerrou o dia com queda de 0,60% e em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,87%.
O Kospi, da Coreia, caiu 1,80%. Em Taiwan, o Taiex cedeu 2,07%. Já na China, o Xangai, teve desvalorização de 0,30%, enquanto o Shenzhen subiu 0,25%.
No cenário doméstico, as vendas no varejo em setembro mostraram desaceleração, com crescimento de 0,3%, descontada a inflação, ante o mesmo período do ano passado, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).
Apesar do crescimento positivo por 11 meses seguidos, o dado é o menor desde novembro de 2021, quando o ICVA indicou 2,1% de expansão.
De acordo com a Cielo, os efeitos de calendário ajudaram o resultado porque houve uma sexta-feira a mais e uma quarta-feira a menos, data em que o comércio está menos aquecido. Excluindo esse efeito, houve recuo de 0,2% na comparação deflacionada.
O ICVA é apurado junto a 1,1 milhão de varejistas no país credenciados à companhia e distribuídos por 18 setores.
(Com Reuters)
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