Depois de fechar com a maior desvalorização do ano (-3,27%) na véspera, o Ibovespa não conseguiu se recuperar e finalizou a sessão de hoje (25) em queda de 1,20%, de volta à casa dos 114 mil pontos (114.626).
O principal índice da B3 descolou de Wall Street, que fechou em alta. Por lá, investidores aguardam a divulgação dos resultados das big techs.
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Os lucros das empresas mostrarão como o setor corporativo dos Estados Unidos está se saindo diante da inflação mais alta em décadas e de condições financeiras mais apertadas.
As Bolsas norte-americanas tinham subido nos últimos dias depois que sinais de abrandamento econômico sugeriram que os efeitos da política monetária do Federal Reserve (banco central dos EUA) para conter a inflação estão se estabelecendo na economia.
O Fed, inclusive, vai se reunir na primeira semana de novembro para determinar o novo aumento dos juros. O mercado espera que o BC realize um aumento de 0,75% no mês, e uma redução de alta para 0,50% em dezembro.
O índice S&P 500 ganhou 1,63%, a 3.859 pontos, enquanto o Dow Jones subiu 1,07%, a 31.836 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 2,25%, a 11.199 pontos.
O dólar fechou em alta de 0,29%, a R$ 5,3179.
Por aqui, a atenção se volta para a reta final das eleições, além do andamento da política monetária. Amanhã (26), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central divulgará a taxa Selic. A expectativa é que a autarquia mantenha a taxa básica de juros a 13,75% pela segunda reunião consecutiva.
No entanto, ao interromper o ciclo de aperto no mês passado, a autoridade monetária afirmou que não hesitará em retomar as altas nos juros se a redução da inflação não transcorrer como o esperado.
A pesquisa Focus, realizada pelo BC com uma centena de economistas, mostra que a expectativa do mercado é de que a inflação encerre este ano a 5,60% e o próximo, a 4,94%.
No cenário econômico, os preços ao consumidor brasileiro voltaram a subir, de acordo com os dados de outubro do IPCA-15, superando as expectativas em um mês em que o aumento nos preços do plano de saúde compensou a redução nos custos de combustíveis.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 teve no mês alta de 0,16%, depois de apresentar deflação por dois meses seguidos, mostraram hoje os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice, considerado prévia da inflação oficial, havia recuado 0,73% em agosto e 0,37% em setembro graças a medidas do governo e à queda nos preços de combustíveis, resultados alardeados pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) em sua campanha.
Mesmo com esse resultado, o IPCA-15 passou a acumular em 12 meses alta de 6,85%, abaixo dos 7,96% de setembro e o patamar mais baixo desde abril de 2021.
De volta ao Ibovespa, a maior queda do dia ficou para a BRF (BRFS3), com desvalorização de 11,24%, a R$ 12,24. O IRB Brasil (IRBR3) aparece em seguida, com queda de 7,22%.
Do outro lado, o Magazine Luiza (MGLU3) apresentou alta de 5,15%, a R$ 4,29. Yduqs valorizou 4,61%, a R$ 13,15. (Com Reuters)
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