A Eletrobras vai reduzir ainda mais seu portfólio de sociedades de propósito específico (SPEs) e vender participações que detém em empresas, como parte das ações de curto prazo no processo de transformação elétrica após a privatização, disse nesta quinta-feira (10) o CEO, Wilson Ferreira Júnior.
Em teleconferência para comentar os resultados trimestrais, o executivo ressaltou que a companhia já escalou um time para organizar e dar início às iniciativas que levarão a uma virada de chave na Eletrobras.
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Segundo ele, esse time de transformação já deu início a 40 iniciativas prioritárias, ligadas às áreas de Negócios, Transformação Organizacional, Otimização de Custos e Despesas e Estratégia Financeira e ‘Advisory’. Outras 20 iniciativas estão mapeadas e serão iniciadas a partir de 2023.
Em uma das frentes, a elétrica continuará com a racionalização de suas SPEs, em um processo que se estende desde 2016 e já alcançou mais de R$ 3 bilhões em vendas. A previsão é encerrar este ano com 64 SPEs, ante as 75 atuais.
A Eletrobras também vai reestruturar sua carteira de participações em empresas, sendo que a expectativa é de vender cerca de R$ 4,4 bilhões em posições não estratégicas em empresas de capital aberto e fechado.
Outra área prioritária é a redução dos passivos contigentes, que vêm causando volatilidade nos resultados trimestrais da elétrica, disse Ferreira Júnior.
Segundo o CEO, a companhia vai passar a “efetivar” acordos judiciais, de modo a reduzir o volume bilionário de contingências no balanço.
Ainda na teleconferência, o executivo disse esperar “grande adesão” ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) lançado pela empresa no fim de outubro. O PDV, com um custo estimado de R$ 1 bilhão, tem 2.312 empregados elegíveis, com desligamentos devendo ocorrer entre dezembro deste ano e abril de 2023.
Novo plano estratégico
O novo planejamento estratégico da Eletrobras está sendo discutido com o conselho de administração da empresa e deve ser divulgado em março do próximo ano, durante a divulgação do resultado do último trimestre de 2022.
Entre os princípios que guiarão a empresa nessa nova fase, Ferreira Júnior destacou a visão “green major”, isto é, se consolidar como uma líder mundial em energias renováveis e com um dos menores níveis de emissão da indústria.
Ainda segundo ele, a Eletrobras quer se tornar a elétrica de menor custo de capital no Brasil até o primeiro semestre de 2023. Isso será alcançado com renegociação de dívidas de custo mais elevado e otimização da estrutura de capital da holding e subsidiárias.
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