O Magazine Luiza vêm apurando crescimento de vendas em todos os canais no quarto trimestre, disse seu presidente nesta sexta-feira (11), à medida que os impactos da proximidade da Copa do Mundo começaram a ser sentidos pela varejista.
Frederico Trajano disse a analistas que o Magazine Luiza esperava um início do impacto positivo da Copa do Mundo nas vendas já no terceiro trimestre. Porém, por questões como as eleições, isso só ocorreu a partir de outubro e novembro.
“Estamos experimentando uma situação de vendas e crescimento melhor em todos os canais neste trimestre, principalmente em função da Copa do Mundo, mas não exclusivamente”, disse ele. O executivo acrescentou que não foi feito “nada extraordinário” em termos de preço em comparação aos patamares tradicionais dessa época do ano, que conta com Black Friday.
Trajano afirmou que a Copa do Mundo deve fazer com que vendas em lojas físicas e online de estoque próprio se destaquem frente ao marketplace, plataforma para venda de produtos por terceiros.
O Magazine Luiza divulgou na noite da véspera prejuízo líquido no terceiro trimestre, com o resultado financeiro continuou pressionando, ainda que a empresa tenha conseguido elevar margem de lucro ao pico em dois anos.
As ações da companhia caíam 7%, a R$3,71 cada, por volta de 14h, mesmo com a alta de 2,1% do Ibovespa, em recuperação parcial do índice após tombo de mais de 3% na quinta-feira (10) por percepção do mercado de maior risco fiscal.
Trajano disse que não vê necessidade adicional de aumento de preços em 2023. Para ele, as tendências de vendas são positivas para o próximo ano e “nem tudo se resolve no preço”. A ideia é elevar o volume de vendas, afirmou.
No marketplace, ele disse que há uma busca por expandir sua base de vendedores, em especial para categorias novas ou que não são as principais, o que deve gerar tíquete médio menor.
“A gente quer reduzir o tíquete médio aumentando as vendas em novas categorias. Mas não queremos vender no piso do tíquete”, disse Trajano.
Ele ainda comentou sobre o cenário mais adverso do comércio eletrônico no país, após um boom nos últimos dois anos com impulso das medidas de isolamento social no auge da pandemia.
Segundo ele, a queda no setor deve se estabilizar neste quarto trimestre, mas principalmente em 2023.