No Forbes Radar de hoje (11), as varejistas Magazine Luiza, Via e Americanas divulgaram seus balanços financeiros do terceiro trimestre, no qual contaram com prejuízo.
O Itaú divulgou lucro do terceiro trimestre quase em linha com as previsões do mercado, totalizando R$ 8 bilhões.
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Confira os destaques:
Magazine Luiza (MGLU3)
O Magazine Luiza teve prejuízo líquido no terceiro trimestre, uma vez que o resultado financeiro continuou pressionando os números da varejista, ainda que a empresa tenha conseguido elevar margem de lucro ao maior patamar em dois anos.
O prejuízo líquido do Magazine Luiza foi de R$ 166,8 milhões, revertendo lucro de R$ 143,5 milhões no mesmo período do ano passado. Em base que exclui efeitos não recorrentes, como créditos tributários e honorários de especialistas, o prejuízo foi de R$ 146 milhões, o quarto trimestral em sequência.
Via (VIIA3)
A Via, dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto, teve prejuízo de R$ 135 milhões no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 101 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
A companhia apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 475 milhões, queda de 29% na comparação anual.
Americanas (AMER3)
A varejista Americanas teve prejuízo líquido de mais de R$ 200 milhões no terceiro trimestre, diante de queda nas vendas, em especial de eletrônicos, e após adotar estratégia mais conservadora para preservar rentabilidade. O balanço também foi pressionado por alta de juros, o que impactou o resultado financeiro.
A Americanas teve prejuízo líquido de R$ 212 milhões de julho ao final de setembro, revertendo lucro de R$ 241 milhões no mesmo período de 2021.
Itaú (ITUB4)
O Itaú Unibanco divulgou lucro do terceiro trimestre quase em linha com as previsões do mercado, uma vez que maiores receitas com crédito compensaram o aumento das despesas com provisões para calotes, que cresceram em ritmo mais moderado do que seus principais rivais privados.
O maior banco da América Latina anunciou que seu lucro recorrente de julho a setembro somou R$ 8,08 bilhões, alta de 19,2% ante mesmo período de 2021.
Eneva (ENEV3)
A Eneva reportou um lucro líquido de R$ 238 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 34% ante o mesmo período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) ajustado foi de R$ 598 milhões no período, avanço de 4% na comparação anual.
Segundo a companhia, o desempenho no período reflete, principalmente, a conclusão da compra, em condição vantajosa, da Termofortaleza, no Ceará; a continuidade das exportações de energia para a Argentina; e a geração de caixa da térmica Jaguatirica II, em Roraima.
Além disso, a Eneva informou que apresentou à reguladora ANP Declaração de Comercialidade da descoberta de São Domingos, no Bloco PN-T-102A, na Bacia do Parnaíba, conforme fato relevante publicado ontem (10).
O volume médio inicialmente estimado do reservatório é de 5,62 bilhões de metros cúbicos. Foi solicitado à ANP que a acumulação de São Domingos receba o nome de Campo Gavião Mateiro.
Marfrig (MRFG3)
A Marfrig registrou lucro líquido de R$ 431 milhões no terceiro trimestre, queda de 74,3% motivada por recuos nos resultados de sua operação na América do Norte, origem da maior parte dos resultados da companhia.
A geração de caixa operacional medida pelo Ebitda ajustado atingiu R$ 3,7 bilhões para o período, recuo de 19,9% no comparativo anual. A unidade norte-americana da Marfrig marcou redução de 60,8% em seu Ebitda, para R$ 1,7 bilhão.
JBS (JBSS3)
A JBS teve lucro líquido de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre, queda de 47% ante igual período do ano passado, por desempenhos mais fracos principalmente nas operações de carne bovina na América do Norte, enquanto os negócios da empresa no Brasil contribuíram positivamente.
A companhia, que é a maior do mundo no setor de alimentos em receita obtida, registrou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado de R$ 9,54 bilhões no período, 31,5% menor no comparativo anual.
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela teve lucro líquido de R$ 289 milhões no terceiro trimestre, alta de 21,5% frente à mesma etapa do ano
passado.
A receita líquida da Cyrela subiu 21,1% no período, para R$ 1,56 bilhão, devido, principalmente, ao maior volume tanto de obras em andamento de unidades já comercializadas quanto de reconhecimentos de lançamentos, de acordo com a companhia.
brMalls (BRML3)
A gestora de shopping centers brMalls teve lucro líquido ajustado de R$ 140,9 milhões no terceiro trimestre, avanço de cerca de 49% sobre o desempenho de um ano antes, apoiado em vendas maiores.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado avançou 34%, para R$ 254 milhões. Analistas, em média, esperavam que a empresa reportasse Ebitda de R$ 265 milhões, segundo dados da Refinitiv.
Locaweb (LWSA3)
A companhia de serviços de tecnologia Locaweb teve prejuízo líquido de R$ 6,4 milhões no terceiro trimestre, acima do desempenho negativo de R$ 3,7 milhões apurado um ano antes.
Em termos ajustados, a companhia teve lucro líquido de R$ 33,4 milhões, avanço de 30,8% na comparação anual.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 50,2%, para R$ 50,4 milhões.
CPFL (CPFL3)
A CPFL Energia obteve um lucro líquido de R$ 1,42 bilhão entre julho e setembro, uma queda de 1,2% frente ao registrado um ano antes, com um aumento do custo da dívida se sobrepondo à melhora dos resultados operacionais.
No mesmo período, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da elétrica alcançou R$ 2,97 bilhões no trimestre, 14,3% superior na base anual.
Cogna (COGN3)
A Cogna, maior grupo de educação do país, reportou prejuízo líquido de R$ 211 milhões no terceiro trimestre, acima da perda de R$ 152 milhões apurada um ano antes, em resultado pressionado pelo aumento de despesas financeiras na esteira da alta da taxa Selic.
A receita líquida, no entanto, avançou 4,1%, a R$ 1,06 bilhão, com expansão também na vertical de ensino superior Kroton. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente consolidado somou R$ 231,7 milhões (+15,7% ano a ano) e a margem Ebitda recorrente passando de 19,6% a 21,8%.
CCR (CCRO3)
A CCR mais que triplicou o lucro no terceiro trimestre, com o aumento de tráfego nos principais modais que opera ampliando o faturamento, mas também com receita extra da venda da participação na prestadora norte-americana de serviços aeroportuários Total Airport Services (TAS).
A operadora de concessões de infraestrutura anunciou lucro líquido de R$ 606,5 milhões entre julho e setembro, um salto de 230% sobre um ano antes. Fora efeitos não recorrentes, o lucro atingiu R$ 228,3 milhões (+26,8%).
Enauta (ENAT3)
O lucro líquido da petroleira brasileira Enauta somou R$ 18,9 milhões, queda de cerca de 86% ante o mesmo período de 2021, impactado por parada programada e preventiva no campo de Atlanta, na Bacia de Santos, que reduziu a produção de forma expressiva.
Devido aos trabalhos necessários na plataforma de Atlanta, a produção ocorreu apenas por 29 dias no período, somando média de 2,9 mil barris de óleo por dia entre julho e setembro, contra 13,1 mil barris um ano antes.
B3 (B3SA3)
A B3 informou que teve lucro recorrente de R$ 1,15 bilhão no terceiro trimestre, queda de 10,7% ante mesma etapa do ano passado, refletindo menores receitas com seu negócio principal de negociação de ações.
A operadora de infraestrutura de mercado teve de julho a setembro receita líquida de R$ 2,26 bilhões, estável sobre um ano antes, com linhas de negócios como tecnologia e mercado de balcão compensando quedas no segmento listado e de serviços para financiamento.
Eztec (EZTC3)
A Eztec publicou que obteve queda de 27,4% no lucro líquido do terceiro trimestre, mas o desempenho veio acima da média de expectativas do mercado, segundo dados da Refinitiv.
A construtora e incorporadora teve lucro líquido de R$ 105,4 milhões de julho a setembro, um dos maiores trimestres em vendas da história da companhia, segundo o balanço.
Rumo (RAIL3)
A Rumo teve um salto de seis vezes no lucro do terceiro trimestre, beneficiando-se de volumes recordes de carga do agronegócio do Centro-Oeste do Brasil, aumento de tarifas e menor volume de investimentos.
A operadora de ferrovias do grupo Cosan anunciou lucro de R$ 309 milhões para o intervalo de julho a setembro, ante R$ 51 milhões um ano antes.
A receita líquida da companhia somou R$ 2,95 bilhões, 50,1% maior do que um ano antes, refletindo aumento de 23,8% no volume transportado, em especial o milho, e de 23,2% na tarifa.
Raízen (RAIZ4)
A Raízen registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,1 milhão no segundo trimestre do ano-safra 2022/2023 ante R$ 1,1 bilhão no mesmo período do ano anterior.
A empresa disse que o lucro foi impactado principalmente pelo movimento do resultado financeiro e pelo impacto negativo no resultado de outras receitas e despesas operacionais em decorrência do valor justo no mercado de ativos financeiros não alocados nos segmentos de negócio.
Sabesp (SBSP3)
A empresa de saneamento básico de São Paulo, Sabesp, anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 1,08 bilhão, um salto de 130,7% ante mesma etapa de 2021.
Esse resultado foi influenciado, entre outros fatores, pelo aumento das tarifas, da melhora dos resultados financeiros, sob influência de efeitos cambiais.
(Com Reuters)