Sei que a frase é clichê, mas não posso evitar de dizer que daqui a alguns anos, você irá desejar ter começado hoje
Neste momento, a única certeza que temos quanto a 2023, é que entraremos nele ainda sob a influência de um cenário macroeconômico repleto de desafios. O que irá determinar o sucesso das carteiras de investimento de cada um, será a capacidade de se planejar para mitigar perdas e potencializar oportunidades.
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A inflação em alta com decorrente elevação dos juros em praticamente todos os mercados, efeitos comerciais da guerra entre Rússia e Ucrânia, e no mercado interno, a troca de presidente com modificações estruturais nas regras fiscais, onerando as contas públicas de forma significativa, estão entre os pontos de pauta que trazem preocupação aos investidores.
Ainda assim, eu insisto que seu olhar seja sempre focado nas oportunidades de cada cenário. Afinal, é a única coisa que está sob seu controle.
Você não tem como influenciar governos e menos ainda tem como adivinhar quais as próximas decisões e em quanto tempo surtirão efeitos, mas, por outro lado, consegue acompanhar as análises de probabilidades feitas por especialistas e, em paralelo, traçar seu plano de investimentos.
Onde estão as oportunidades
Bolsa de valores brasileira: com a expectativa de queda da Taxa Selic, somada às políticas de crédito, educacionais e de transferência de renda a serem implementadas pelo governo, setores como varejo, construção civil e educação devem se beneficiar, apresentando bons resultados.
Bolsa de valores norte americana: há perspectiva de desaceleração da inflação nos Estados Unidos, pondo fim à alta da taxa de juros a partir do final do segundo trimestre de 2023.
Sendo assim, vale a pena começar a acompanhar o movimento dos ativos da bolsa norte americana, que tendem a se valorizar com o movimento de investidores buscando proteção na maior economia do mundo.
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Criptomoedas: com o crescimento exponencial que as grandes criptomoedas como o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH) tiveram na última década, ficou impossível manter a descorrelação com o mercado de capitais.
Isso aconteceu porque a partir do momento em que fundos de investimento e demais players do mercado incluíram as cripto em seu portifólio de ativos de risco, o movimento de compra e venda dessas moedas passou a acompanhar a mesma linha de tendência dos demais ativos da renda variável.
Como saber quais ativos comprar
O que sempre oriento meus alunos é para que comecem definindo uma carteira de investimentos que contemple seus objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo.
Com esse mapa de navegação traçado, ficará fácil identificar dentre todas essas oportunidades que mencionei, quais os ativos que melhor se encaixam no seu portifólio.
No meu trabalho como educador financeiro, é muito comum me deparar com casos de pessoas que montam uma carteira apenas com base nas “oportunidades do momento” e acabam tendo uma carteira que parece uma colcha de retalhos, totalmente descorrelacionada de suas necessidades de rentabilidade ou crescimento patrimonial.
Por isso, não basta saber onde estão as oportunidades, é preciso entender qual a melhor forma de compatibilizá-las com suas metas pessoais. Isso você irá aprender dedicando tempo para estudar sobre investimentos.
Esse é um excelente momento para começar a fazer isso. Ainda temos renda fixa com boas taxas de juros, onde você pode investir suas reservas com liquidez, enquanto estuda e se prepara para aproveitar as oportunidades da renda variável em 2023.
Sei que a frase é clichê, mas não posso evitar de dizer que daqui a alguns anos, você irá desejar ter começado hoje. Pense nisso!
Eduardo Mira é formado em telecomunicações, com pós-graduação em pedagogia empresarial e MBA em gestão de investimento. É analista CNPI, certificado CPA10 e CPA20, ex-gerente do Banco do Brasil e da corretora Modal.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
