Os próximos três anos serão prósperos para as empresas brasileiras, de acordo com o sentimento dos presidentes-executivos das companhias. É isso que mostra a pesquisa “CEO Outlook 2022”, publicada pela consultoria KPMG.
Segundo o relatório, 94% dos CEOs estão confiantes ou muito confiantes em relação ao crescimento das empresas que lideram nos próximos três anos. No ano passado, esse indicador ficou em 88%. Já em relação ao crescimento da economia nacional, 82% dos executivos confiam nessa expansão, mesmo percentual do ano passado.
“Todos os desafios recentes não reduziram o nível de confiança no crescimento de empresas, setores e países. A pesquisa evidencia que o mercado brasileiro está cada vez mais resiliente, conectado e fortalecido”, afirma Charles Krieck, presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Os CEOs brasileiros foram questionados sobre como o crescimento de suas empresas irá acontecer. As respostas foram:
- (36%) parcerias estratégicas com terceiros,
- (20%) joint ventures,
- (14%) gerenciamento de riscos geopolíticos,
- (14%) crescimento orgânico,
- (10%) fusões e aquisições, e
- (6%) outsourcing.
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Para Krieck, os executivos brasileiros estão demonstrando elevado grau de consciência e liderança nesse cenário de incertezas geopolíticas, crise climática e demandas tecnológicas.
“As receitas e os quadros de funcionários dos entrevistados não foram impactados negativamente. A resiliência é uma característica cada vez mais marcante das empresas e dos CEOs brasileiros”, diz o presidente da KPMG.
Visão distintas
Não é só em relação ao Brasil que os executivos brasileiros estão confiantes, em relação ao mercado global também – enquanto os pares no exterior não demonstraram o mesmo otimismo.
Quando questionados se haverá recessão nos EUA nos próximos 12 meses, 32% dos respondentes brasileiros disseram que sim, e 86% do grupo global deu a mesma resposta. Já os que não acreditam na recessão são 56% dos brasileiros e 6% dos CEOs globais.
Sobre quais medidas tomar para ajustar a estratégia da empresa em uma possível recessão, os brasileiros responderam com as seguintes opções:
- (50%) reduzir a base de funcionários,
- (46%) gerenciar custos aumentando preços,
- (44%) pausar ou reconsiderar esforços ESG,
- (42%) reduzir margens de lucros,
- (38%) transferir operações no exterior,
- (34%) pausar ou reduzir a estratégia de transformação digital.
Metodologia: O relatório “CEO Outlook 2022” foi realizado pela KPMG entre julho e agosto de 2022, com 50 CEOs brasileiros, 255 CEOs da América do Sul (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela) e 1.325 CEOs líderes de 11 mercados no mundo (Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Espanha, Reino Unido e EUA). A maioria (58%) da amostra brasileira é de empresas que alcançaram receitas superiores a R$ 50 bilhões no mais recente ano fiscal. O grupo tem principalmente empresas de capital aberto (70%).