Criada em 2019, a foodtech brasileira de produtos à base de plantas Typcal, anteriormente denominada 100 Foods, recebeu no início de dezembro um aporte de R$ 4 milhões liderado pelo fundo de investimentos Futurum Capital. A empresa também atraiu a atenção de Bernardinho, ex-técnico de voleibol, e seu filho, Bruninho, jogador da modalidade na Seleção Brasileira, que se tornaram sócios do negócio.
Paulo Ibri, fundador e CEO da Typcal, diz à Forbes Brasil que tanto o aporte quanto a parceria foram estimulados pelos benefícios que os produtos plant based trazem. No caso de Bernardinho e Bruninho, os dois viram uma oportunidade para melhorar a alimentação dos atletas.
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A empresa oferece proteínas alternativas para estes profissionais e usa somente proteína de ervilha nos produtos. Não entram transgênicos, conservantes ou corantes, e há um equilíbrio de aminoácidos.
Na lista de produtos estão molhos como ketchup, mostarda e barbecue sem adição de açúcar ou sódio, além de maioneses totalmente preparadas com ervilha. O aporte de R$ 4 milhões será investido em melhorar a produção e no desenvolvimento de novos produtos à base de plantas.
Segundo o executivo, a empresa busca a saudabilidade — movimento de mudança dos hábitos alimentares para melhorar a qualidade de vida. “Isso fez com que o mundo do esporte nos olhasse”, diz Ibri. A Typcal compete com especialistas em produtos à base de plantas como a Beyond Meat, Fazenda Futuro e NotCo, e também com empresas tradicionais de alimentos que vêm lançando produtos veganos, como JBS, Marfrig e BRF.
Estratégia verde
O segmento plant based não foi escolhido à toa. Uma pesquisa do EscolhaVeg mostra que 81% dos brasileiros já experimentaram produtos à base de plantas no último ano e que 97% dos entrevistados citaram a saúde como um dos três principais motivos para consumir esses alimentos.
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Segundo Ibri, os consumidores estão vendo os produtos à base de plantas como opções mais saudáveis, sem precisar deixar o sabor e prazer de lado. A empresa quer atrair os flexitarianos, pessoas que não são vegetarianos nem veganos, mas querem reduzir o consumo de proteína animal ao longo de sua rotina. “Queremos contribuir para uma dieta equilibrada”, diz ele.
“Acreditamos não só no equilíbrio da alimentação, como no equilíbrio da saudabilidade e prazer ao comer”, acrescenta o executivo. “Além de ser um consumo mais consciente, o que também diminui a emissão de gases estufa em nossa atmosfera e o consumo excessivo de água, que é utilizado na cadeia de animais de abate.”