O petróleo subia hoje (19), depois de cair mais de US$ 2 (R$ 10,56) o barril na sessão anterior, com otimismo sobre a economia chinesa superando a preocupação com uma recessão global.
A China, maior importadora de petróleo do mundo, está passando pela primeira das três ondas esperadas de casos de Covid-19 depois que Pequim relaxou as restrições de mobilidade, mas disse que planeja intensificar o apoio à economia em 2023.
“Não há dúvida de que a demanda está sendo influenciada negativamente”, disse Naeem Aslam, analista da corretora Avatrade.
“No entanto, nem tudo é tão negativo, pois a China prometeu combater todo o pessimismo sobre sua economia e fará o que for necessário para impulsionar o crescimento econômico.”
O petróleo Brent ganhava 1,04%, para US$ 79,86 (R$ 421,66) o barril às 10:36 (horário de Brasília), enquanto o WTI (petróleo bruto dos EUA) subia 0,66%, para US$ 74,95 (R$ 395,74).
O petróleo subiu para seu recorde de US$ 147 (R$ 776) o barril no início do ano, depois que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro. Desde então, reduziu a maior parte dos ganhos deste ano, já que as preocupações com a oferta foram superadas pelos temores de recessão, que continuam sendo um empecilho para os preços.
A Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu aumentaram as taxas de juro na semana passada e prometeram mais avanços. O Banco do Japão, enquanto isso, pode mudar sua postura ultra-dovish quando se reunir na segunda e terça-feira.
“A perspectiva de novos aumentos das taxas afetará o crescimento econômico no ano novo e, ao fazê-lo, reduzirá a demanda por petróleo”, disse Stephen Brennock, da corretora de petróleo PVM.
O petróleo foi apoiado pelo Departamento de Energia dos EUA, dizendo na sexta-feira que começará a recomprar petróleo para a Reserva Estratégica de Petróleo – as primeiras compras desde a liberação de um recorde de 180 milhões de barris da reserva este ano.