O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) iniciou o ano com desaceleração da alta a 0,21% em janeiro por conta do arrefecimento das pressões inflacionárias ao produtor, depois de fechar 2022 com avanço de 0,45% em dezembro.
O dado divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) hoje (30) ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, e com isso o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 3,79%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,10% em janeiro, de uma alta de 0,47% no mês anterior.
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“O preço das matérias-primas brutas desacelerou de 2,09% para 1,55% e, entre os bens intermediários, cuja taxa passou de -0,30% para -1,06%, a queda foi intensificada diante do comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços recuaram ainda mais passando de -2,26% para -5,05%”, explicou André Braz, coordenador dos índides de preços.
Na contramão, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu 0,61% em janeiro, de alta de 0,44% em dezembro.
Isso se deveu principalmente ao reajuste das mensalidades de escolas e cursos, cujos preços subiram 4,55% no primeiro mês do ano, levando o grupo Educação, Leitura e Recreação a uma alta de 2,04%, de -0,26% em dezembro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou o avanço a 0,32% no período, de 0,27% antes.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.