O IRB Brasil teve prejuízo de R$ 48,5 milhões em novembro, menor do que a perda de R$ 113,8 milhões de um ano antes, ampliando o resultado negativo acumulado em 2022 para R$ 633,7 milhões.
No penúltimo mês do ano passado, a resseguradora registrou queda nos prêmios emitidos, de 23,2% ano a ano, mas as despesas com sinistros recuaram a R$ 384,6 milhões, com o índice de sinistralidade passando a 96%, de 108,4% em novembro de 2021.
“A despesa com sinistros nos onze meses de 2022 foi impactada no segmento agro pelos eventos climáticos atípicos no Centro-Sul do Brasil e no segmento vida pela Covid-19”, afirmou o IRB.
Apesar da melhora ano a ano, houve aumento nas despesas com sinistros na comparação mensal, uma vez que outubro teve despesas de R$ 324,3 milhões e índice de 80,6%. No mês passado, também houve lucro líquido de R$ 6,4 milhões.
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“Embora os resultados pareçam estar melhorando gradualmente, até agora, o resultado final do quarto trimestre de 2022 está com um prejuízo de R$ 42 milhões”, destacaram analistas do Citi em relatório a clientes.
“Se o IRB continuar a reportar um índice de sinistralidade elevado e resultado negativo, nos perguntamos se a adequação de capital pode mais uma vez ser colocada em risco”, afirmaram, reiterando recomendação “neutra” para a ação.
As ações do IRB deixaram de fazer parte do Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, na carteira para os primeiros quatro meses deste ano. Na véspera, os papéis IRBR3 fecharam a R$ 1,02, somando em 2023 alta de 18,6%. No ano passado, a queda foi de 78,6%.
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