As finanças do Japão estão se tornando cada vez mais precárias, alertou o ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, nesta segunda-feira (23), enquanto os mercados testam se o banco central poderá manter os juros ultrabaixos, permitindo que o governo pague sua dívida.
O governo tem sido ajudado por rendimentos de títulos próximos de zero, mas investidores recentemente buscaram quebrar o limite de 0,5% do Banco do Japão sobre o rendimento do título de 10 anos, no momento em que a inflação atinge máximas de 41 anos, o dobro da meta de 2% do banco central.
“As finanças públicas do Japão atingiram um grau de severidade sem precedentes, enquanto compilamos orçamentos suplementares para responder ao coronavírus e questões semelhantes”, disse Suzuki em um discurso que abriu uma sessão do Parlamento.
Não é incomum que o ministro das Finanças se refira às finanças tensas do Japão. Apesar da crescente pilha de dívidas do país, o governo continua sob pressão para manter a torneira fiscal aberta.
O Japão tem que equilibrar os temores de segurança regional com a China, a Rússia e a Coreia do Norte e administrar uma dívida com mais do que o dobro do tamanho de sua economia de US$ 5 trilhões, de longe a carga mais pesada do mundo industrializado.
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O mercado mostrou pouca reação ao discurso de Suzuki, no qual ele explicou os detalhes do orçamento estatal do próximo ano fiscal no valor recorde de 114,4 trilhões de ienes (US$ 878,9 bilhões).
Suzuki reiterou o objetivo do governo de alcançar um superávit orçamentário anual, excluindo novas vendas de títulos e custos do serviço da dívida, no ano fiscal até março de 2026. O governo, no entanto, não tem cumprido as metas de equilíbrio orçamentário há uma década.