Bom dia! Hoje é quinta-feira, 26 de janeiro
Cenário
O assunto do dia é o dólar. Ontem (25), a moeda americana caiu 1,22% e fechou a R$ 5,079, o menor nível desde 4 de novembro do ano passado. Isso não ocorreu apenas no Brasil. A moeda americana se depreciou em relação às moedas de vários países emergentes.
Para os especialistas, se não houvesse tanto ruído na comunicação do governo com o mercado, o real poderia estar ainda mais valorizado. Segundo uma avaliação do economista Tony Volpon, ex-diretor do BC (Banco Central), sem os ruídos e se o real tivesse apresentado a mesma trajetória que o peso mexicano, o dólar estaria cotado a R$ 4,90.
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Isso ocorre por um motivo simples: há expectativas de que a economia americana esteja desacelerando devido à alta dos juros.
Em 2022, o Fed (Federal Reserve) aumentou sua taxa de juros em 425 pontos-base, de zero a 0,25% para uma faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, a mais alta desde o fim de 2007. E deverá haver novos aumentos na próxima reunião do Fed, marcada para os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro.
Perspectivas
Hoje (26) será divulgado o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2022. A projeção é de um crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período de 2021.
A expectativa é de que o crescimento para o ano todo seja de cerca de 2,1%, abaixo dos 5,9% registrados em 2021 na comparação com 2020.
No terceiro trimestre, o crescimento foi de 3,2%. Se o número de 2,6% se confirmar, isso já mostra uma desaceleração no ritmo das atividades.
Um resultado diferente das expectativas deverá provocar solavanco fortes nos mercados americanos de moedas e de juros, com repercussões sobre as demais moedas, o real entre eles.
Indicadores
Brasil
– Saldo em transações correntes em dezembro (09:30).
Projeção: déficit de US$ 6,45 bilhões
Anterior: déficit de US$ 60 milhões
– Investimento estrangeiro direto em dezembro (09:30)
Projeção: US$ 5,70 bilhões
Anterior: US$ 8,34 bilhões
Estados Unidos
Produto Interno Bruto (4º trimestre)
Projeção (a/a) + 2,6%
Anterior (a/a) +3,2%
Pedidos de seguro-desemprego (semana até 21/01/23)
Projeção: 1,659 milhão
Anterior: 1,647 milhão