Os preços de importação nos Estados Unidos aumentaram inesperadamente em dezembro, após cinco quedas mensais consecutivas, impulsionados por custos mais altos de alimentos e outros bens, indicando que a luta contra a inflação pode ser prolongada mesmo com a tendência de queda nos custos ao consumidor.
Os preços de importação avançaram 0,4% em dezembro, após recuo de 0,7% no mês anterior, informou o Departamento do Trabalho dos EUA. Economistas consultados pela Reuters estimavam que os preços de importação, que excluem tarifas, cairiam 0,9%.
Nos 12 meses até dezembro, os preços dos importados aumentaram 3,5%, na sequência de alta de 2,7% em novembro.
“A batalha do Fed contra a inflação provavelmente vai durar mais do que os mercados pensam, já que ventos favoráveis dos preços de bens importados que entram no país voltaram a ser ventos contrários”, disse Christopher Rupkey, economista-chefe do FWDBONDS, em Nova York.
O governo dos EUA informou na quinta-feira que os preços mensais ao consumidor caíram pela primeira vez em mais de dois anos e meio em dezembro.
Excluindo combustíveis e alimentos, os preços de importação avançaram 0,4%, registrando seu primeiro ganho mensal desde abril de 2022. O chamado núcleo dos preços de importação caiu 0,6% em novembro.
A alta no núcleo dos preços de importação em dezembro ocorreu apesar da valorização do dólar em relação às moedas dos principais parceiros comerciais dos EUA. A divisa norte-americana ganhou 5,6% em uma base ponderada pelo comércio no ano passado. Neste início de ano, porém, tem tido dificuldades, o que pode manter os preços básicos de importação altos.
O Departamento do Trabalho também informou que os preços de exportação recuaram 2,6% em dezembro, caindo pelo sexto mês consecutivo.
Na comparação anual, os preços de exportação subiram 5,0%, o menor ganho desde janeiro de 2021, após alta de 6,1% em novembro.