O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter, na noite de ontem (25), o bloqueio de R$ 1,2 bilhão da Americanas (AMER3) em favor do BTG Pactual (BPAC11). O STJ, porém, não aceitou de pronto o pedido do BTG e o assunto ainda vai ser decidido pelo tribunal, segundo fato relevante divulgado pela Americanas.
O banco havia pedido o bloqueio desse montante na Justiça do Rio na semana passada, obtendo inicialmente uma vitória. Porém, após a aprovação da Recuperação Judicial (RJ) da varejista, a decisão foi revertida na última terça-feira (24).
No dia, o juiz Flávio Horta Fernandes, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), disse que cabia ao “Administrador Judicial [da Americanas] comprovar ao Juízo a utilização dos recursos com destinação exclusiva ao fluxo de caixa da atividade empresarial”.
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Problemas com credores
A Americanas divulgou ontem uma lista de 7.720 credores e dívidas totalizando R$ 41,2 bilhões em seu processo de recuperação judicial.
A companhia, que tem como acionistas de referência o mesmo trio de investidores que fundou a 3G Capital, pediu recuperação judicial na semana passada, após revelar “inconsistências” contábeis.
No domingo (22), Lemann, Telles e Sicupira se pronunciaram pela primeira vez sobre o caso e afirmaram que não tinham conhecimento sobre os problemas da empresa.
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O movimento levou grandes investidores, como BlackRock e Capital International, a reduzirem suas posições na empresa.
Bancos com exposição à varejista, de acordo com a lista divulgada pela Americanas, incluem Bradesco, com R$ 4,51 bilhões; Santander Brasil, com R$ 3,65 bilhões; BTG Pactual, com R$ 3,5 bilhões; Itaú Unibanco, com R$ 2,73 bilhões e Safra, com R$ 2,5 bilhões.
(Com Reuters)