Uma forte venda das ações de bancos atingiu bolsas de valores da Europa nesta sexta-feira (24), com papéis do Deutsche Bank caindo à medida que o custo do seguro da dívida do banco alemão contra o risco de inadimplência saltou para o maior nível em mais de quatro anos.
O índice pan-europeu de ações STOXX 600 fechou a sessão em queda de 1,37%, a 440,11 pontos, mas na semana encerrou em alta.
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“O Deutsche Bank assumiu o lugar do Credit Suisse como o elo mais fraco da cadeia, injustamente, provavelmente”, disse David Goebel, diretor de estratégia de investimento da Evelyn Partners.
O Deutsche Bank caiu 8,5%, após um forte salto no custo de seguro contra o risco de inadimplência. O banco alemão disse que resgatará títulos de nível 2 de 1,5 bilhão de dólares com vencimento em 2028.
Ações de UBS e Credit Suisse recuaram 3,6% e 5,2%, respectivamente, depois que a Bloomberg News publicou que os dois bancos estão sendo investigados pelo Departamento de Justiça dos EUA sobre denúncias de ajuda a oligarcas russos contra sanções norte-americanas.
O índice de ações de bancos europeus cedeu 3,8%, na terceira semana de quedas, depois que a quebra de instituições financeiras de médio porte nos Estados Unidos e a turbulência em torno do Credit Suisse destacaram riscos crescentes para os bancos após o aperto nas condições financeiras.
Líderes da União Europeia e o Banco Central Europeu tentaram acalmar o nervosismo do mercado apresentando uma frente unida em relação ao setor bancário e disseram que os bancos da UE estão bem capitalizados e líquidos graças às lições aprendidas após o colapso do Lehman Brothers em 2008.
O índice STOXX 600 acumula alta de apenas 3,5% no ano, embora tenha chegado a avançar até 10% anteriormente. Enquanto isso, o índice de referência dos EUA, S&P 500, tem valorização de cerca de 2,9% em 2023.