A Hapvida (HAPV3) anunciou ontem à noite (27) a venda de dez imóveis de controladas da companhia em contratos de R$ 1,25 bilhão acertados com um veículo de investimento da família Pinheiro (LPAR), controladora da empresa.
A proposta da LPAR prevê “cap rate” anual de 8,50% e reajuste anual pelo IPCA, com prazo de locação de 20 anos, com opção de renovação por mais 20 anos.
A empresa de saúde também divulgou na véspera que engajou o Bank of America Merrill Lynch, o UBS BB, o BTG Pactual e o Itaú BBA para analisar a viabilidade e estruturar uma potencial oferta pública subsequente de ações ordinárias, integralmente primária, da ordem de 395.207.520 ações.
Considerando o preço de fechamento da véspera, de R$ 2,22, o potencial follow-on totaliza cerca R$ 877 milhões.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
A família Pinheiro, na qualidade de acionista controladora da companhia, se comprometeu a exercer seu direito de prioridade, subscrevendo ações a serem emitidas pela companhia no valor de R$ 360 milhões.
“O SLB (venda e aluguel pela empresa) e o potencial follow-on, com a expressiva participação da família Pinheiro, demonstram o comprometimento da companhia e a convicção dos controladores e atuais administradores da Hapvida na resiliência do seu modelo de negócios”, destacou a empresa no fato relevante.
“Essa postura da administração evidencia, também, sua visão conservadora em relação à liquidez e endividamento da companhia.”
As ações da Hapvida têm sofrido na bolsa paulista, renovando mínimas históricas, em meio a preocupações sobre a solvência da empresa. Em 2023, os papéis contabilizam um tombo de 56,3%.