A Petrobras terá como estratégia analisar e financiar projetos de energia renovável de grande porte e poderá avaliar novas parcerias com companhias de energia com esse objetivo, afirmou nesta terça-feira (7) o presidente da petroleira, Jean Paul Prates.
O executivo anunciou na véspera que estuda juntamente com a norueguesa Equinor a instalação de um parque eólico em alto mar com capacidade de produção de energia equivalente à usina Itaipu.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
O projeto, segundo disse Prates na segunda-feira (6), ficará em fase de estudos até 2028 e, se confirmado, seria composto por sete plantas eólicas com uma capacidade total de 14,5 gigawatts (GW). O parque poderia custar US$ 70 bilhões, segundo uma estimativa livre da Petrobras com base no atual custo do megawatt offshore, multiplicado pela capacidade instalada prevista.
“As duas empresas (trabalham) portanto com a mesma estratégia: tirar o máximo rendimento do petróleo que temos disponível e que precisamos usar como humanidade ainda nesse período de transição, e começar a analisar e financiar projetos de energia renovável de grande porte, condizentes com os seus respectivos tamanhos”, afirmou, em um vídeo publicado nesta terça-feira (7).
“Vamos seguir em frente com mais parcerias com empresas congêneres no Brasil e no exterior. Tudo ao seu devido tempo.”
A parceria com a Equinor foi anunciada durante evento em Houston, nos Estados Unidos, na segunda-feira, onde a Petrobras e a Equinor informaram sobre a assinatura de uma carta de intenções para o desenvolvimento dos estudos em conjunto.
O novo acordo ampliou uma parceria entre ambas as empresas selada em 2018.
A produção de energia levaria de seis a dez anos para começar, segundo Prates. Estudos para o projeto já estão contemplados no plano de negócios da companhia, e não precisarão ser ampliados, disse ele na véspera. A Petrobras estudará a fabricação de equipamentos no Brasil, acrescentou.
Prates destacou no vídeo desta terça-feira (7) que os sete projetos em avaliação com a Equinor já têm estudos sobre conexão para escoamento da energia em terra. Eles estão entre 20 km e 40 km da costa brasileira, dependendo de cada um, e em profundidade de 15 m a 35 m de lâmina d’água.
São projetos que se estendem em toda a costa brasileira na Margem Equatorial, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e também na Margem Atlântica, Rio de Janeiro, Espírito Santo, litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Prates acrescentou que Petrobras e Equinor também analisarão oportunidades na área de armazenamento de carbono, de hidrogênio e petróleo e gás.
Mais cedo nesta terça-feira (7), a Petrobras publicou comunicado ao mercado apontando que apenas terá estimativas oficiais de custo e retorno após a conclusão de análises técnicas a serem desenvolvidas por grupo interdisciplinar.
Tais projetos também deverão futuramente ser apreciados pelas instâncias de aprovação interna, de acordo com a governança da companhia, adicionou.