O Credit Suisse informou nesta segunda-feira (24) que 61 bilhões de francos suíços (US$ 68 bilhões) em ativos saíram do banco no primeiro trimestre deste ano e que os fluxos de saída de capital continuam.
Os depósitos de clientes caíram 67 bilhões de francos no trimestre e o banco observou que muitos depósitos a prazo vencidos não foram renovados.
“Essas saídas foram moderadas, mas ainda não foram revertidas em 24 de abril de 2023”, disse o Credit Suisse, acrescentando que a maior parte do dinheiro que saiu do banco foi registrado pela divisão de gestão de patrimônio em todas as regiões. A saída líquida de ativos seguiu 110,5 bilhões de francos no quarto trimestre.
O banco de 167 anos divulgou resultados pelo que provavelmente será a última vez, já que a compra pelo rival UBS deve ser concluída em breve. Grande parte da reputação da Suíça como um centro financeiro global confiável – especialmente para os ultra-ricos – dependerá da integração bem-sucedida dos dois bancos.
As ações do UBS e do Credit Suisse subiram cerca de 2% no pregão da manhã, com alguns analistas observando que as saídas de recursos não foram tão ruins quanto se temia. Mas outros avaliaram que a magnitude foi alarmante.
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A capacidade do Credit Suisse de gerar receita parece tão prejudicada que “a aquisição pode continuar sendo um empecilho aos resultados operacionais do UBS, a menos que um plano de reestruturação mais profundo seja anunciado”, disse o analista londrino Thomas Hallett, da KBW, em nota aos clientes.
Os ativos administrados pela principal divisão de gestão de patrimônio caíram 29%, para 502,5 bilhões de francos, no final de março em relação ao mesmo período do ano passado.
O banco reportou lucro antes dos impostos de 12,8 bilhões de francos, em grande parte devido à controversa redução a zero dos títulos AT1 e um ganho gerado pela venda de uma grande parte de seu Grupo de Produtos Securitizados para a Apollo Global Management. Ajustado por esses fatores, o Credit Suisse teve prejuízo de 1,3 bilhão de francos no trimestre.
O UBS, que sinalizou que espera que o acordo com o Credit Suisse traga US$ 8 bilhões em reduções de custos até 2027, divulga resultados do primeiro trimestre na terça-feira (25).