Nesta terça-feira (4) o Ibovespa subiu 0,36% e fechou a 101.869,45 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 20,3 bilhões. O mercado segue no aguardo de novos anúncios do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o plano de ajuste fiscal do governo anunciado na semana passada.
A bolsa brasileira andou na contramão do mercado americano, que fechou em baixa devido à desaceleração da economia nos Estados Unidos, comprovada pela divulgação do relatório de empregos JOLTs de fevereiro. O Ibovespa avançou devido ao bom desempenho das ações de bancos. Já Petrobras e Vale recuaram.
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A Natura (NTCO3) esteve em foco durante todo o dia. Na noite da segunda-feira (3) ela divulgou um acordo com o L’Oreal para vender a marca australiana de luxo Aesop por US$ 2,5 bilhões (R$ 12,7 bilhões). As ações subiram mais de 7% no período da manhã na expectativa de que a receita da venda permita à empresa de varejo reduzir sua alavancagem financeira. No entanto, a alegria dos investidores durou pouco. A ação caiu 3,39% e fechou a R$ 13,11.
Liderando as altas, a Rede O’Dor (RDOR3) e a PRIO (PRIO3) subiram, respectivamente, 4,55% a R$ 21,81 e 4,48% a R$ 33,85. A petroleira PRIO foi beneficiada com mais uma sessão de alta dos preços do petróleo no exterior. A companhia também divulgou que possui reservas provadas de petróleo de 547,3 milhões de barris, segundo certificação elaborada pela consultoria D&M, montante 132,7 milhões superior ao divulgado no ano passado.
Segundo Idean Alves, da Ação Brasil Investimentos: “No cenário externo, com os ânimos mais calmos, os investidores perceberam que um petróleo mais valorizado pode desestimular a produção e ajudar no processo de descompressão monetária, e até cogitaram que o FED pode antecipar o corte de juros para 2023. Isso deu um novo fôlego para as bolsas, inclusive o Ibovespa.”
Na ponta negativa, a CVC (CVCB3) e a varejista Via (VIIA3) recuaram 5,37% a R$ 2,82 e 4,42% a R$ 1,73, com o setor de varejo sendo penalizado pelas incertezas dos próximos passos da política monetária no Brasil.
No Exterior
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street caíram após a divulgação de uma queda na oferta de empregos em fevereiro para o nível mais baixo em quase dois anos, enquanto as encomendas à indústria recuaram pelo segundo mês consecutivo.
Na Europa, os mercados acionários caíram com o setor de energia recuando devido a preocupações com a demanda por petróleo, enquanto os preços ao produtor da zona do euro caíram pelo quinto mês consecutivo em fevereiro.
Na Ásia, as ações de Hong Kong tiveram um dia de queda lideradas pelo setor de tecnologia, uma vez que as tensões sino-americanas elevadas afetaram o sentimento. Na China, as ações subiram uma vez que a força sustentada das ações relacionadas à inteligência artificial e de empresas estatais compensaram a fraqueza em outros setores.
(Com Reuters)