O parlamento da Suíça não aprovou ontem (11) os 109 bilhões de francos suíços (US$ 120,5 bilhões) em garantias financeiras usadas para resgatar o Credit Suisse no mês passado, em uma votação de primeiro turno que foi amplamente simbólica, uma vez que o Estado já comprometeu os recursos.
A Câmara dos Deputados da Suíça rejeitou o resgate após debates acalorados que avançaram madrugada adentro, enquanto os membros discutiam outras medidas relacionadas ao Credit Suisse.
Mais cedo ontem, a Câmara alta da Suíça tinha aprovado o resgate, o que significa que as duas casas do Parlamento suíço terão que votar o assunto novamente hoje (12).
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Os legisladores foram convocados para uma rara sessão extraordinária para discutir o rápido resgate do Credit Suisse e a resposta do governo suíço a um colapso que muitos no país atribuíram a problemas na gestão do alto escalão do banco.
O casamento forçado em que o Credit Suisse foi adquirido pelo rival UBS por 3 bilhões de francos suíços e sustentado com mais de 250 bilhões de francos suíços em garantias e apoio governamental tem sido objeto de críticas generalizadas no país.
Embora no início do dia de ontem, 29 dos 46 membros do Conselho dos Estados da Suíça tenham aprovado o resgate, ela foi posteriormente rejeitada por 102 dos 200 membros do Conselho Nacional.
As votações são, no entanto, em grande parte simbólicas porque o Estado suíço já comprometeu os fundos e os legisladores não podem derrubar essa decisão.
Nos preparativos para a fusão no mês passado, a lei de emergência suíça foi usada para que um subgrupo de seis membros do parlamento aprovasse o compromisso financeiro em nome do corpo legislativo, no que irritou os quase 250 legisladores que ficaram sem voz.
“O uso da lei de emergência atingiu um nível nos últimos três anos que está começando a me incomodar”, disse Hansjoerg Knecht, membro da Câmara Alta do Parlamento.
Chamando de “insatisfatória” a situação em que o corpo legislativo só pode aprovar os créditos já comprometidos, Knecht disse que se o Credit Suisse precisar de mais dinheiro, não deve haver uso de lei de emergência para contornar o parlamento.