Os detentores de seguro de crédito vinculado aos títulos do Credit Suisse não receberão pagamento, após um comitê que decide disputas no mercado de derivativos dizer nesta quarta-feira (17) que a fusão do banco com o UBS, promovida pelo governo, não constitui um evento de crédito.
O banco suíço foi adquirido em março pelo UBS em um acordo apoiado pelo Estado que anulou os títulos AT1 (Adicionais de Nível 1) do Credit Suisse, de US$ 17 bilhões.
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“Não ocorreu um Evento de Crédito de Intervenção Governamental”, disse o Comitê de Determinação de Derivativos de Crédito para a EMEA (CDDC, na sigla em inglês) em seu site, em resposta a uma pergunta de um investidor na semana passada.
O CDDC disse ter chegado a essa conclusão após examinar as cláusulas de classificação dos títulos AT1 listados no pedido feito pelo investidor.
O investidor disse que os títulos AT1 eram “pari passu”, ou seja, classificados no mesmo nível, com o título de referência subjacente aos contratos de CDS, que incluía um título subordinado com vencimento em 2020.
No entanto, o comitê entendeu que os detentores dos títulos de 2020 eram credores prioritários em comparação com os detentores dos títulos AT1.
Um painel composto por onze empresas financeiras, incluindo Barclays, Citibank, Deutsche Bank, Goldman Sachs, Elliot Investment Management e PIMCO, chegou a uma decisão unânime, disse o comunicado do comitê.