O Ibovespa opera em alta de 0,12% na abertura do pregão desta quarta-feira (21), a 119.760 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores estão de olho na decisão de política monetária do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada nesta noite, para entender quais serão os próximos passos a serem tomados na economia brasileira.
Apesar de as expectativas do mercado serem unânimes, esta será uma das reuniões mais importantes dos últimos tempos. O desafio da autoridade será na sinalização, ou ausência de, para a condução do juro.
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O mercado espera um sinal sobre as possibilidades de afrouxamento monetário ainda neste ano. A ausência de qualquer sinalização forte nesse sentido será interpretada como um BC inflexível com relação aos juros.
Em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) afirmou que a primeira semana de julho deve ser uma das mais importantes para a tramitação das medidas apoiadas pelo governo no Congresso Nacional, como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal.
No câmbio, o dólar sobe 0,24% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,8068.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve), o banco central americano, fez seu depoimento diante do Congresso nesta manhã. De acordo com ele, a luta do Federal Reserve para reduzir a inflação à sua meta de 2% “tem um longo caminho a percorrer”.
“As pressões inflacionárias continuam altas, e o processo de reduzir a inflação para 2% ainda tem um longo caminho a percorrer”, disse Powell, observando que mesmo quando o Fed optou pela manutenção da taxa de juros na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto na semana passada “quase todos” os participantes esperavam que novos aumentos nos juros seriam apropriados até o final do ano.
Na Ásia, as ações da China tiveram nesta quarta-feira a maior queda em dois meses em meio a decepções com medidas de estímulo, dando mais argumentos aos analistas para um afrouxamento monetário.
Ao mesmo tempo, as tensões sino-americanas voltaram à tona depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, chamou o presidente chinês Xi Jinping de “ditador”.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,98%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,31%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 1,31%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,56%.
Na Europa, a inflação no Reino Unido frustrou as previsões de desaceleração e se manteve em 8,7% em maio, colocando ainda mais pressão sobre o Banco da Inglaterra um dia antes da reunião de política monetária em que se espera que o banco central aumente os juros pela 13ª vez consecutiva para conter o crescimento dos preços.
Os mercados aumentaram suas apostas em novas altas de juros após os números oficiais desta quarta-feira, que também mostraram que a inflação subjacente atingiu seu nível mais alto desde 1992 no mês passado.
O Stoxx 600 perdia 0,36%; na Alemanha, o DAX cai 0,25%; o CAC 40 em queda de 0,45% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,11%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,37% no Reino Unido.
(Com Reuters)