Petrobras recua 4,10% e Ibovespa fecha em queda

Nesta sexta-feira (23), o Ibovespa caiu 0,09% e fechou a 118.822,65 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 24,3 bilhões. Entre as maiores quedas, os papéis da Petrobras (PETR3/PETR4), recuaram 3,39% e 4,10% acompanhando o declínio do petróleo no exterior.

Veja como fica o retorno dos investimentos com Selic a 13,75% para aplicação de R$ 10 mil, segundo a análise da XP:

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) afirmou na quinta-feira (22) que o banco e a Petrobras estão trabalhando juntos na análise de uma eventual opção da petroleira estatal para adquirir participação da Novonor na Braskem, e aguardam orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto. A Petrobras também disse que segue explorando possibilidades de negócios com a Unigel.

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Além disso, o mercado segue digerindo o comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) de quarta-feira (21), que manteve a taxa Selic, base para os juros, a 13,75% ao ano, como esperado pelo mercado, porém sem uma sinalização de que os cortes nas taxas possam ocorrer em agosto.

Idean Alves, da Ação Brasil Investimentos, diz: “devemos ter a manutenção da Selic na próxima reunião em agosto, em que deve haver a sinalização de quando o corte pode ocorrer. Ao que tudo indica ele se dará muito provavelmente na reunião de setembro, já que se fosse para agosto teriam sinalizado agora. O Copom está bem assertivo no discurso e não vai mudar agora”.

Destaques do dia

Liderando as altas, o IRB Brasil (IRBR3) e o Assaí (ASAI3) subiram 7,29% a R$ 42,66 e 7,04% a R$ 14,30. As ações do Assaí foram impulsionadas pela notícia de que a rede francesa Casino vendeu o restante de sua participação na empresa. A operação prevê a alienação de uma fatia de 11,67% do capital total do Assai, ao preço de R$ 12,68 por papel.

Na ponta negativa, os papéis da Yduqs (YDUQ3) e da Via Varejo (VIIA3) caíram 7,99% a R$ 18,43 e 4,42% a R$ 2,38. A Yduqs recuava em meio a movimento de realização de lucros, uma vez que acumulava até a véspera alta de mais de 40% em junho. De pano de fundo, relatório do JPMorgan cortando a recomendação das ações para “neutra” e citando o forte “re-rating” dos papéis nos últimos meses, embora tenha elevado preço-alvo de R$ 15 para R$ 21.

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No exterior

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street fecharam em baixa, encerrando uma semana dominada pelo depoimento do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, no qual ele sinaliza mais aumentos na taxa de juros à frente, mas prometeu que o banco central norte-americano procederá com cautela.

Na Europa, as ações europeias caíram ao final de uma semana repleta de decisões de política monetária, reforçando a visão de que as taxas de juros podem permanecer mais altas por mais tempo, enquanto as ações da Siemens Energy despencaram após a empresa retirar sua perspectiva de lucro anual.

Segundo Alves: “diversas bolsas no exterior operaram no negativo, como Dow Jones e Nasdaq, após bancos centrais subirem o tom no combate à inflação, o que indica manutenção de aperto monetário nos EUA e na Europa. Na minha visão, pelo andar da carruagem, esse pode ser o tom dos principais bancos centrais até o final do ano, o qual para muitos investidores pode vir com o preço de uma recessão global. Só assim para se parar a inflação persistente”.

(Com Reuters)