Pré-Mercado: os banqueiros centrais falam, no Brasil e nos EUA

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Bom dia! Hoje é quarta-feira, 21 de junho.

Cenários

O dia é dos banqueiros centrais. Nos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve), o banco central americano, inicia seu depoimento diante do Congresso. Além dele, a diretora do Fed, Michelle Bowman, e a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, participam do Policy Summit 2023. No Brasil, o Banco Central (BC) deverá anunciar a manutenção da Selic em 13,75% ao ano.

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Perspectivas

Apesar de as expectativas do mercado sejam unânimes, esta será uma das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) mais importantes dos últimos tempos. O desafio da autoridade será na sinalização, ou ausência de, para a condução do juro. O mercado espera um sinal sobre as possibilidades de afrouxamento monetário ainda neste ano. A ausência de qualquer sinalização forte nesse sentido será interpretada como um BC inflexível com relação aos juros.

Tudo se resume ao chamado parágrafo prospectivo, que indica as expectativas do Copom. No Comunicado da reunião de maio, o texto afirmava que “o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação.”

Isso deixou no ar uma dúvida sobre se manter a Selic em 13,75% é suficiente para reconduzir a inflação à meta. É possível que haja uma suavização nesse trecho, com o BC indicando a possibilidade de queda dos juros em um horizonte previsível.

No Comunicado de maio, no mesmo parágrafo citado acima, o BC afirmou que: “O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.” Isso foi interpretado pelo mercado como uma sinalização forte de que não há espaço para a queda dos juros. Se o texto se repetir, é um sinal de que os juros vão demorar para cair.