Um ex-funcionário da OceanGate Expeditions, empresa que enviou o submarino desaparecido para uma expedição cuja atração eram os destroços do Titanic, mostrou grandes preocupações com a embarcação em um relatório de inspeção de qualidade, mas foi recebido com “hostilidade e negação” na empresa e acabou demitido, conforme alegou em um processo movido contra a companhia em 2018.
David Lochridge, um piloto de submarino escocês, começou a trabalhar para a OceanGate no estado de Washington em 2015, primeiro como contratado e depois como diretor de operações marítimas.
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As cinco pessoas a bordo do submersível Titan morreram no que parece ter sido uma “implosão catastrófica”, disse uma autoridade da Guarda Costeira dos Estados Unidos nesta quinta-feira (22), pondo fim à ampla busca pelo submarino, que se perdeu durante uma expedição ao Titanic.
“Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um espírito distinto de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo”, disse a OceanGate Expeditions em comunicado. “Nossos corações estão com essas cinco almas e todos os membros de suas famílias durante esse momento trágico.”
Um robô não tripulado de águas profundas de um navio canadense encontrou os destroços do submersível na manhã desta quinta-feira (22) a cerca de 488 metros da proa do Titanic, 4 km abaixo da superfície, disse o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, em uma coletiva de imprensa.
“O campo de detritos é consistente com uma implosão catastrófica do veículo”, disse Mauger.
As cinco pessoas a bordo incluíam o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, de 58 anos; o magnata dos negócios nascido no Paquistão Shahzada Dawood, 48, e seu filho Suleman, de 19, ambos cidadãos britânicos; o oceanógrafo francês e especialista em Titanic Paul-Henri Nargeolet, 77, que visitou os destroços dezenas de vezes; e o norte-americano Stockton Rush, fundador e executivo-chefe da OceanGate, que pilotava o submersível.
Conheça oito aeroportos nada convencionais pelo mundo
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Divulgação Aeroporto Changi – Singapura
O Changi nunca foi um aeroporto qualquer. Muito pelo contrário. Ano após ano no topo da lista de melhores do mundo, ele abriga uma série de atrações que prometem fazer qualquer viajante esquecer que está ali só esperando o tempo passar. Entre suas exuberâncias estão um borboletário, piscina, cinema gratuito 24 horas, instalações de arte e jardins de flores.
Mas o empreendimento conseguiu elevar ainda mais o nível ao inaugurar, em 2019, seu complexo de luxo Jewel, que sedia nada menos do que a maior cachoeira interna do mundo (com show de luzes e sons à noite), uma floresta com 2.500 árvores e 100 mil arbustos, um espaço de recreação com escorregadores, uma rede suspensa e dois labirintos – um de espelhos e outro de plantas. Como se não bastasse, são mais de 160 lojas e 100 restaurantes em seu interior, além de um hotel com cerca de 130 quartos.
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iStock Aeroporto de Kansai – Osaka, Japão
O diferencial de Kansai é que ele não fica em terra firme. Sem encontrar um terreno apropriado para a obra, engenheiros japoneses construíram uma ilha artificial especificamente para abrigar o único aeroporto internacional de Osaka. O projeto megalomaníaco levou três anos para ficar pronto, em 1994, com o trabalho de 10 mil homens e 80 navios. O estabelecimento tem 4 quilômetros de comprimento por 2,5 quilômetros de largura e se conecta com a cidade por uma enorme ponte.
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Getty Images Aeroporto Qamdo Bangda – Tibete
Enquanto Kansai está ilhado, este aeroporto tibetano se encontra nas alturas. Instalado a mais de 4.300 metros acima do nível do mar, ele é o segundo aeroporto mais alto do mundo. Para minimizar os impactos da altitude, o recorde de pista de aterrissagem mais longa também é dele, com 5.500 metros de comprimento – quase três vezes maior do que a de Congonhas, em São Paulo.
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Divulgação Aeroporto de Schiphol – Amsterdã, Holanda
Quem gosta de arte adoraria fazer uma conexão no principal aeroporto da capital holandesa. Isso porque museus famosos da cidade, como o Rijksmuseum e o NeMo Science Museum, têm mini exposições por lá, com quadros de artistas holandeses e obras interativas. Para relaxar, Schiphol conta com um centro de meditação, um spa express, com diferentes tipos de massagem e tratamentos de beleza, e uma biblioteca (a primeira do mundo em um aeroporto) que reúne centenas de livros, iPads, sofás e até um piano para passar o tempo até a hora de voar.
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Divulgação Aeroporto de Savannah/Hilton Head – Georgia, EUA
O inusitado deste aeroporto no sudeste dos Estados Unidos está na sua pista de pouso, que abriga nada menos do que os túmulos dos antigos moradores da região, que costumava ser uma fazenda. Datado de 1857, o pequeno cemitério continua ali por decisão da família dos falecidos, que não deram autorização para a remoção dos corpos durante um processo de expansão da passarela.
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Divulgação Aeroporto Internacional Rei Fahd – Dammam, Arábia Saudita
A singularidade deste aeroporto está nos superlativos, dignos da realeza, como bem diz o seu nome. Além de ser o maior aeroporto do mundo em termos de terreno – são mais de 700 quilômetros quadrados de construção espalhada pelo deserto -, abriga um terminal inteiramente dedicado à família real saudita. A área separada conta até com uma enorme mesquita, capaz de reunir milhares de pessoas.
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Wikimedia Commons/Andre Wadman Aeroporto Internacional de Don Mueang – Bangcoc, Tailândia
Apesar de não superar a esquisitice de ter um mini cemitério na pista, este aeroporto tailandês também se destaca por um elemento inusitado na área de pouso e decolagem: no meio das duas faixas fica um campo de golfe com 18 buracos. Sem nenhuma barreira de separação das pistas, os jogadores devem ficar atentos a um sinal vermelho que acende quando uma aeronave está próxima de chegar.
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Divulgação Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur – Malásia
Quem sempre diz que aeroportos são estressantes nunca conheceu o de Kuala Lumpur. Seu diferencial está justamente na atmosfera mais tranquila, que usa da natureza para ter um toque zen. O auge é a mini floresta tropical no meio do terminal, com árvores de mais de 20 metros de diferentes espécies, jardins, teto de vidro e até uma cachoeira.
Aeroporto Changi – Singapura
O Changi nunca foi um aeroporto qualquer. Muito pelo contrário. Ano após ano no topo da lista de melhores do mundo, ele abriga uma série de atrações que prometem fazer qualquer viajante esquecer que está ali só esperando o tempo passar. Entre suas exuberâncias estão um borboletário, piscina, cinema gratuito 24 horas, instalações de arte e jardins de flores.
Mas o empreendimento conseguiu elevar ainda mais o nível ao inaugurar, em 2019, seu complexo de luxo Jewel, que sedia nada menos do que a maior cachoeira interna do mundo (com show de luzes e sons à noite), uma floresta com 2.500 árvores e 100 mil arbustos, um espaço de recreação com escorregadores, uma rede suspensa e dois labirintos – um de espelhos e outro de plantas. Como se não bastasse, são mais de 160 lojas e 100 restaurantes em seu interior, além de um hotel com cerca de 130 quartos.
As preocupações com a segurança do submarino
De acordo com a alegação de Lochridge, a empresa realizou uma reunião em janeiro de 2018 sobre preocupações com o controle de qualidade e segurança do Titan.
Lochridge afirma ter alegado grandes problemas de segurança: quase não houve testes não tripulados da nave; o sistema de alarme soaria apenas “milissegundos” antes de uma implosão; e a vigia só foi certificada para suportar pressão de 1,3 mil metros, embora a OceanGate planejasse levar o submersível a 4 mil metros de profundidade.
Para a expedição que partiu no último domingo, o submersível contava com 96 horas de ar de acordo com a empresa, o que significa que o oxigênio provavelmente teria se esgotado na manhã desta quinta-feira (22) caso a nave não tivesse implodido.
Durante a inspeção, Lochridge alegou que “foi recebido com hostilidade e negação de acesso à documentação necessária que deveria estar disponível gratuitamente” e logo recebeu “aproximadamente dez minutos para limpar imediatamente sua mesa e sair do local”.
De acordo com o The New York Times, OceanGate disse que parecia que Lochridge estava tentando ser demitido e ele havia recusado alguns dados da empresa quando estava conduzindo sua pesquisa (o processo foi encerrado posteriormente).
(Com Reuters)