As ações do IRB Brasil caíam forte nesta segunda-feira (24) na bolsa, chegando a tombar mais de 15% na mínima do dia, após a empresa de resseguros divulgar prejuízo líquido em maio, o que levou o BTG Pactual a cortar a recomendação do papel, na sequência de alta recente.
Às 12:05 (de Brasília), IRB Brasil cedia 13,42%, a R$ 42,63, maior queda do Ibovespa, que subia 0,91%. Na mínima da sessão, o papel caiu 15,6%, para R$ 41,54.
O movimento ocorre após o IRB divulgar, na sexta-feira (21) à noite, prejuízo líquido de R$ 10,4 milhões em maio. O resultado veio na sequência de lucro de R$ 6,1 milhões em abril e de R$ 8,6 milhões no acumulado do primeiro trimestre.
“O pior para o líder de resseguros no Brasil quase certamente passou, mas uma alta de aproximadamente 90% no acumulado do ano e o prejuízo líquido de maio — na noite de sexta-feira (21) — significa que vemos espaço para uma correção”, escreveram analistas do BTG Pactual liderados por Eduardo Rosman, em relatório datado de domingo.
Os analistas do BTG cortaram a recomendação do IRB para “venda”, mantendo o preço-alvo de R$ 40.
“Nosso ‘downgrade’ não significa que não esperamos a continuidade de uma recuperação, mas ela também não será uma linha reta, e achamos que o ‘valuation’ disparou mais rápido do que os fundamentos justificam”, escreveram.
A equipe do BTG destacou que é difícil tirar conclusões de números de apenas um mês, e que o prejuízo de maio foi puxado por resultados fracos de “underwriting”.
Já analistas do Citi, que também têm recomendação de venda para a ação do IRB, se mostraram mais negativos com o papel.
“A leitura fraca (em maio) traz de volta as preocupações com a suficiência de capital e reforça nossa preferência em permanecer à margem até que vejamos uma tendência positiva consistente”, escreveram Gabriel Gusan e equipe, em relatório nesta segunda-feira. O Citi tem preço-alvo de R$ 25.