A capitalização de mercado da Apple ultrapassou US$ 3 trilhões (R$ 14,4 trilhões na cotação atual) nesta sexta-feira (30), um marco histórico, já que a maior empresa do mundo continua a crescer graças a lucros resilientes e vendas de produtos. As ações da fabricante do iPhone saltaram mais de 1%, para um novo recorde histórico de US$ 192 (R$ 919,60) no pregão da manhã de ontem.
No ano, o acumulado na valorização das ações é de quase 55%. Esse aumento ocorre mesmo depois que a empresa registrou trimestres consecutivos de quedas de receita ano a ano pela primeira vez em quatro anos. Em uma nota aos clientes no início deste mês, os analistas do UBS, liderados por David Vogt, rebaixaram sua classificação para as ações da Apple de compra para manutenção, explicando que a ação não “oferece um risco/recompensa atraente particularmente” dadas as expectativas de vendas reduzidas do iPhone, em meio a um clima macroeconômico instável.
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Mas, avaliada em exatos US$ 3,02 trilhões, a Apple continua sendo a única empresa desse porte da história. Não é a primeira vez que ela chega a essa cifra. Em janeiro de 2022, a empresa ultrapassou esse marco por um breve período.
A Apple é quase US$ 500 bilhões (R$ 2,4 trilhões) mais valiosa do que a segunda maior empresa do mundo, a Microsoft (US$ 2,5 trilhões em valor de mercado), seguidas pela Saudi Aramco (US$ 2,1 trilhões), Alphabet (US$ 1,5 trilhão), Amazon (US$ 1,3 trilhão) e Nvidia (US$ 1 trilhão). Esse grupo de empresas forma o exclusivo clube de trilhões de dólares.
Mas a Apple não para por aqui. Mesmo após a alta meteórica, a empresa pode ganhar outros 25% nos próximos 12 meses, escreveu Atif Malik, analista do Citi, em nota na sexta-feira’, estabelecendo uma meta de preço de US$ 240 para as ações, graças ao espaço subestimado para crescimento nas margens de lucro. A Apple poderá valer US$ 3,8 trilhões (R$ 18,2 trilhões), caso a previsão do Cite se cumpra (para comparação, o PIB do Brasil no ano passado registrou R$ 9,9 trilhões)
O fato é que hoje, a Apple vale quase tanto quanto o grupo formado por Tesla, Meta, Berkshire Hathaway, UnitedHealth e Visa, empresas que ocupam entre a sexta e a décima posição entre as mais valiosas companhias norte-americanas.
Apple rumo aos US$ 4 trilhões?
Mas isso não é tudo. Esqueça os atuais US$ 3 trilhões – a Apple pode valer US$ 4 trilhões (R$ 19,16 trilhões) até 2025, escreveu Dan Ives, o otimista analista da Wedbush, em nota aos clientes na quarta-feira (28). O fone de ouvido de US$ 3.499 da empresa, com lançamento previsto para o ano que vem, “é o primeiro passo em uma estratégia mais ampla para a Apple construir um ecossistema de aplicativos generativo orientado por IA para sua base de clientes de ouro”, disse Ives.
Wedbush aposta em uma meta de preço de US$ 220 para as ações da Apple, acima do consenso, mas abaixo da meta de US$ 240 do Citi, que é a mais alta para qualquer outra empresa de Wall Street, segundo a Bloomberg.
Durante seu ano fiscal mais recente, a Apple faturou US$ 394 bilhões em vendas e US$ 100 bilhões em lucros, tornando-se a segunda empresa mais lucrativa do mundo, atrás apenas da Saudi Aramco.
Também vale destacar um número: 7,5%. Esse é o peso da Apple no S&P 500, tornando-o de longe o componente mais influente do índice amplamente rastreado. Os quase US$ 940 trilhões em avaliação agregada da Apple este ano representam cerca de um quinto dos US$ 4,4 trilhões da S&P em capitalização de mercado total agregada.