Dia dos Pais: lições de valor para seus filhos

Clássico "Pai Rico, Pai Pobre" enfatiza educação financeira e critica o ciclo de consumo sem gestão adequada

Poliana Santos

Lock Stock/Getty Images
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Muitas vezes, os pais estão mais preocupados com a educação convencional de seus filhos do que com a educação financeira

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Publicado em 1997 pelo empresário e investidor americano Robert Kiyosaki, o livro “Pai Rico, Pai Pobre” tornou-se um clássico. Ainda hoje é um dos livros de finanças pessoais mais vendidos nos Estados Unidos e em vários outros países. Na obra, Kiyosaki compara a trajetória do “Pai Pobre”, seu pai biológico, com a do “Pai Rico”, o pai de um amigo. Professor universitário, o pai de Kiyosaki recomendava ao filho o receituário clássico de estudar, conquistar um bom emprego e ter sua casa própria.

Aqui estão as três lições do best-seller “Pai Rico, Pai Pobre”:

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    1º – Ricos fazem o dinheiro trabalhar para eles

    “Os pobres e a classe média trabalham pelo dinheiro. Os ricos fazem o dinheiro trabalhar para si.”

    A distinção entre uma mentalidade rica e uma mentalidade pobre reside no fato de que, enquanto a mentalidade pobre acredita que é necessário um esforço excessivo para garantir um emprego estável, a mentalidade rica busca compreender o funcionamento do dinheiro para colocá-lo em ação. Muitos indivíduos se dedicam a suas ocupações, recebem salários, cumprem suas obrigações financeiras e gastam em entretenimento e luxo.

    No entanto, aqueles com uma mentalidade rica se aprofundam no estudo sobre o dinheiro. Na prática, eles investem em ativos financeiros que, por sua vez, geram renda extra, de modo que, possam no futuro desfrutar de uma liberdade financeira.

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    2º – Alfabetização financeira

    “Meu pai instruído destacava a importância da leitura de livros, enquanto meu pai rico destacava a necessidade de dominar os conhecimentos das finanças… Se você quer ficar rico e conservar sua fortuna, é importante ser alfabetizado do ponto de vista financeiro.”

    Os indivíduos ricos investem inúmeras horas em estudos relacionados aos negócios. Eles estudam ativos, contabilidade, economia, investimentos alternativos, riscos, juros compostos e uma variedade de outros tópicos. Através desse estudo, eles adquirem uma compreensão de que números não são meramente cifras e conseguem discernir a diferença entre ativos e passivos.

    Um exemplo abordado no livro é o caso da casa própria. Embora seja considerada um ativo pela classe média, uma análise minuciosa revela que, dependendo da forma como a aquisição do imóvel ocorreu (por exemplo, por meio de um empréstimo bancário que demanda parte do salário), ela pode se tornar um passivo.

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    3º – Cuide de seu negócio

    “A principal razão pela qual pobres e classe média são conservadores, do ponto
    de vista financeira é que eles não têm um embasamento financeiro. Apenas agarram-se a seus empregos.”

    O pai rico ensina ao autor que a classe média tende a focar exclusivamente em seus empregos como fonte de renda. Após conquistar o emprego, começam a gastar seu dinheiro em passivos, aumentando gradualmente o padrão de vida. Esse padrão cria um ciclo vicioso conhecido como a ‘corrida dos ratos’, no qual há a busca constante por aumentos salariais e novos empregos.

    No entanto, os ricos adotam uma abordagem diferente. Eles reduzem despesas e gradualmente constroem uma base sólida de ativos. Assim, a orientação do pai rico é que a pessoa mantenha seu emprego enquanto constrói essa base. Isso possibilita que, no futuro, o emprego se torne apenas uma das várias fontes de renda. Caso deseje se aposentar antes da idade convencional, poderá, uma vez que seus ativos cobrirão as despesas e sustentarão o atual padrão de vida.

    O livro sugere diversos ativos, como ações, títulos, fundos mútuos, imóveis geradores de renda e títulos de dívida, além de royalties de propriedade intelectual, como músicas, escritos e patentes.

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1º – Ricos fazem o dinheiro trabalhar para eles

“Os pobres e a classe média trabalham pelo dinheiro. Os ricos fazem o dinheiro trabalhar para si.”

A distinção entre uma mentalidade rica e uma mentalidade pobre reside no fato de que, enquanto a mentalidade pobre acredita que é necessário um esforço excessivo para garantir um emprego estável, a mentalidade rica busca compreender o funcionamento do dinheiro para colocá-lo em ação. Muitos indivíduos se dedicam a suas ocupações, recebem salários, cumprem suas obrigações financeiras e gastam em entretenimento e luxo.

No entanto, aqueles com uma mentalidade rica se aprofundam no estudo sobre o dinheiro. Na prática, eles investem em ativos financeiros que, por sua vez, geram renda extra, de modo que, possam no futuro desfrutar de uma liberdade financeira.

Segundo Kiyosaki, o resultado era deixar a pessoa presa na chamada ‘Corrida dos Ratos’, um ciclo vicioso no qual as pessoas trabalham, recebem seus salários e, imediatamente, gastam tudo, sem adotar uma gestão financeira adequada para acumular riqueza. Muitas vezes, os pais estão mais preocupados com a educação convencional de seus filhos do que com a educação financeira, que é fundamental para uma vida confortável e próspera.

O autor, que junto de sua esposa é o fundador da empresa de educação financeira The Rich Dad Company, mira-se nos exemplos do “Pai Rico”. Ele o ensinou sobre educação financeira, contabilidade e o poder do dinheiro. As lições transmitidas pelo “Pai Rico” foram cruciais para Kiyosaki acumular sua própria riqueza.