As exportações da China provavelmente contraíram ainda mais em julho, uma vez que os fabricantes da segunda maior economia do mundo têm dificuldades em encontrar compradores em mercados que enfrentam inflação alta e aumento das taxas de juros, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta segunda-feira (7).
Os dados de julho devem mostrar uma queda de 12,5% nas remessas ao exterior em relação ao ano anterior, após uma queda de 12,4% em junho, de acordo com a previsão mediana de 28 economistas na pesquisa.
Essa seria a pior leitura desde os primeiros dias da pandemia em fevereiro de 2020, quando as exportações caíram 17,2% na comparação anual, com as rígidas restrições e bloqueios da Covid-19 resultando na paralisação das atividades.
A atividade fabril chinesa caiu pelo quarto mês consecutivo em julho, ameaçando as perspectivas de crescimento para o terceiro trimestre e aumentando a pressão sobre as autoridades para entregar as medidas políticas prometidas para impulsionar a demanda doméstica, com os setores de serviços e construção à beira da contração.
O órgão de planejamento estatal da China sugeriu mais estímulo em três coletivas de imprensa convocadas na semana passada, mas os investidores ficaram desapontados com as propostas para expandir o consumo nos setores automotivo, imobiliário e de serviços, bem como estender as ferramentas de apoio ao empréstimo para pequenas e médias empresas até o final de 2024.
Enquanto muitos dos principais mercados da China lutam com custos de empréstimos mais altos em meio a uma batalha para reduzir a inflação alta, as autoridades de Pequim estão tentando aumentar o consumo doméstico sem afrouxar muito a política monetária para evitar grandes saídas de capital.
As importações devem ter retraído 5,0%, após queda de 6,8% em junho, refletindo leve melhora na demanda doméstica.
Os dados comerciais da China serão divulgados na terça-feira (8).