O Ibovespa está operando em queda nas negociações da manhã desta terça-feira (8), com o mercado repercutindo os dados fracos da China. Além disso, os investidores estão atentos à ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que descartou cortes na taxa Selic de magnitude maior que 0,50 ponto percentual, uma vez que tal decisão exigiria surpresas positivas substanciais. Por volta das 10h20, o Ibovespa apresentava uma queda de 0,39%, totalizando 118.912 pontos. Enquanto isso, o dólar apresentava alta de 0,48%, negociado a R$ 4,91
Na semana passada, o Copom reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual, levando a taxa básica de juros de 13,75% para 13,25%. A decisão surpreendeu parte dos analistas de mercado, que esperavam um corte mais moderado de 0,25 ponto percentual. No entanto, após essa redução, os especialistas começaram a projetar um corte de até 0,75 ponto percentual. Entretanto, o comunicado da reunião da autoridade monetária frustrou essas expectativas.
“O Comitê considera improvável uma intensificação adicional do ritmo de ajustes, pois isso requereria surpresas positivas significativas que aumentassem ainda mais a confiança na trajetória prospectiva de desinflação”, indicou o documento, destacando que não há evidências de que um aperto maior do que o necessário para a convergência da inflação à meta esteja em curso.
No cenário internacional, os dados fracos da segunda maior economia do mundo estão pesando nas bolsas mundiais, incluindo a bolsa brasileira. As importações e exportações da China caíram muito mais rápido do que o previsto em julho, e a demanda enfraquecida ameaça as perspectivas de recuperação, aumentando a pressão sobre as autoridades para implementarem novos estímulos visando um crescimento estável.
Leia também:
As importações apresentaram uma queda de 12,4% em julho na comparação anual, de acordo com dados da alfândega divulgados nesta terça-feira, um resultado consideravelmente pior do que a previsão de declínio de 5% em uma pesquisa da Reuters e uma queda de 6,8% registrada em junho.
No que diz respeito às exportações, houve uma contração de 14,5%, um desempenho mais forte do que a queda esperada de 12,5% e em relação à diminuição de 12,4% no mês anterior.
Balanços
Ainda no radar dos investidores, encontra-se a temporada de balanços. A 3R Petroleum (RRRP3), Braskem (BRKM5), CVC (CVCB3), Engie (EGIE3), Gerdau (GGBR4), Gerdau Metalúrgica (GOAU4), Méliuz (CASH3), Raia Drogasil (RADL3) e Totvs (TOTS3) divulgarão seus resultados após o fechamento do mercado.
Na segunda-feira (7), o Itaú (ITUB4) informou ao mercado que obteve um lucro recorrente de R$ 8,74 bilhões no segundo trimestre, um avanço de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os índices de inadimplência se mantiveram praticamente estáveis na base trimestral, conforme relatou o maior banco privado do país nesta segunda-feira. Os analistas esperavam, em média, um lucro de R$ 8,63 bilhões no segundo trimestre.
Por sua vez, a Eletrobras (ELET3) registrou no segundo trimestre um lucro líquido de 1,62 bilhão de reais, cifra 16% maior que a registrada no ano anterior, de acordo com o balanço divulgado na noite de segunda-feira. O Ebitda alcançou R$ 6,6 bilhões, com um aumento de 59% em comparação anual, influenciado pelo crescimento de receitas acima dos custos e pela reversão de provisões.
Confira os principais índices:
EUA (futuros):
Dow Jones: -0,67%
S&P 500: -0,66%
Nasdaq: -0,68%
Europa:
DAX (Frankfurt): -1,34%
FTSE100 (Londres): -0,67%
CAC 40 (Paris): -1,04%
Ásia:
Nikkei (Tóquio): +0,27%
Kospi (Coreia): -0,26%
Xangai (China): -0,25%
(Com Reuters)