O Ibovespa começou a semana em alta, seguindo o cenário internacional após a China ter reduzido pela metade um imposto sobre as negociações de ações, visando impulsionar o mercado financeiro. A fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que as taxas de juros podem permanecer elevadas por mais tempo também continua sendo repercutida pelos investidores. No entanto, especialistas apontam que essa perspectiva já estava sendo considerada pelo mercado. A agenda da semana está movimentada, com a divulgação de dados econômicos e de emprego tanto nos EUA quanto no Brasil.
Por volta das 10h20 desta segunda-feira (28), o Ibovespa apresentava um aumento de 0,28%, atingindo 116.099 pontos. Por sua vez, o dólar estava em alta de 0,33%, sendo negociado a R$ 4,89.
O Ministério das Finanças da China comunicou no domingo (27) a redução do imposto sobre as negociações de ações, passando de 0,1% para tentar revitalizar o mercado de capitais e aumentar a confiança dos investidores. Essa medida acompanha os esforços da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC) para fortalecer a confiança do mercado no investimento em empresas listadas em bolsa. O governo chinês já havia anunciado a intenção de revigorar o mercado de ações, que enfrenta desafios devido à crise da dívida no mercado imobiliário e à recuperação pós-pandemia.
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A agenda desta semana inclui diversos eventos relevantes. Na terça-feira (29), serão divulgados o índice de empregos JOLTs nos EUA, que é equivalente ao Caged brasileiro, além dos dados de emprego brasileiro do mesmo dia. Na quarta-feira (30), será divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos referente ao segundo trimestre. Na quinta-feira (31), encerra-se o mês de agosto com a divulgação da inflação americana medida pelo Personal Consumption Expenditure (PCE), um índice acompanhado de perto pelo Federal Reserve. O mês de setembro começa com força, trazendo a divulgação do PIB brasileiro e dos números de empregos não agrícolas (non-farm payroll) dos EUA referentes a agosto.
Boletim Focus
As expectativas do mercado para a inflação ao longo deste ano e dos próximos ficaram praticamente inalteradas mesmo após uma surpresa para cima na leitura de agosto do IPCA-15, mostrou nesta segunda-feira o boletim semanal Focus do Banco Central.
A sondagem, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que os economistas seguem prevendo alta de 4,90% do IPCA em 2023. Para o ano que vem, houve ajuste de 0,01 ponto percentual para cima, a 3,87%, enquanto, para 2025 e 2026, ambos os prognósticos de inflação permaneceram inalterados em 3,50%.
O Focus segue mostrando que a taxa básica de juros Selic deve terminar este ano a 11,75%, depois de o BC tê-la cortado em agosto para o nível atual de 13,25%. Para 2024 também segue a projeção de juros a 9,0%.
Confira os principais índices:
EUA (futuros):
Dow Jones: +0,44%
S&P 500: +0,41%
Nasdaq: +0,56%
Europa:
DAX (Frankfurt): +0,75%
FTSE100 (Londres):+0,07%
CAC 40 (Paris): +0,99%
Ásia:
Nikkei (Tóquio): +1,80%
Kospi (Coreia): +0,96%
Xangai (China): +1,33%
(Com Reuters)