As ações europeias caíram nesta terça-feira (8), uma vez que os bancos italianos ficaram sob pressão depois que o governo do país aprovou um imposto de 40% sobre os credores, embora um salto nos papéis da farmacêutica Novo Nordisk após dados positivos sobre seu medicamento para obesidade tenha ajudado a limitar as perdas.
Bancos italianos como o Intesa Sanpaolo, Banco BPM e UniCredit caíram entre 5% e 9,1% depois que o vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini, disse que uma taxa de 40% sobre os lucros extras dos bancos irá financiar itens como redução da carga tributária, cortes de impostos e apoio financeiro aos titulares de hipotecas de primeiras residências.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,23%, a 458,60 pontos, enquanto o índice Ftse/Mib de Milão, que havia subido para os maiores níveis em vários anos recentemente, caiu 2,1%, para o patamar mais baixo em quatro semanas.
O setor de bancos da zona do euro recuou 3,5% em seu pior dia desde março, também prejudicado pelas notícias de que a agência de classificação Moody’s cortou as recomendações de crédito de vários bancos pequenos e médios dos Estados Unidos e disse que pode rebaixar algumas das maiores instituições financeiras dos EUA.
O setor de mineradoras expostas à China caiu 1,8% depois que dados revelaram que as importações e exportações chinesas caíram muito mais rápido do que o esperado em julho, o que ameaça as perspectivas de crescimento e aumenta a pressão sobre Pequim para fornecer novos estímulos.
A Novo Nordisk disparou 17,3% para novo recorde, o que levou seu valor de mercado a US$ 300 bilhões, depois que a farmacêutica dinamarquesa disse que um grande estudo mostrou que seu tratamento para obesidade Wegovy também teve um claro benefício cardiovascular.