As ações europeias caíram nesta quinta-feira (7), com o recuo dos fabricantes de chips devido a relatos de que a China ampliou as restrições ao uso de iPhones da Apple por funcionários do governo, enquanto as mineradoras acompanharam a baixa dos preços dos metais.
O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,1%, cedendo pelo sétimo dia consecutivo, na pior série de perdas desde fevereiro de 2018.
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As empresas europeias de semicondutores cederam com relatos de que a China ampliou nas últimas semanas as restrições existentes ao uso de iPhones por funcionários públicos. O país asiático disse aos funcionários de algumas agências do governo central para pararem de usar seus aparelhos da Apple no trabalho.
Os papéis da fornecedora da Apple STMicroelectronics caíram 4,1%, enquanto BE Semiconductor, Semicondutor Nórdico, ASM Internacional, Infineon e ASML caíram entre 2,6% e 6,3%.
O setor de tecnologia mais amplo perdeu 2,0%, registrando seu pior desempenho em um único dia em duas semanas.
As ações de mineradoras cederam uma vez que os preços da maioria dos metais caíram face a um dólar forte e devido às preocupações com a procura por parte do principal consumidor de metais, a China.
Dados mostraram que as exportações e as importações da China caíram em agosto.
Setores defensivos como os de serviços públicos e cuidados de saúde, considerados relativamente imunes aos ciclos económicos, ajudaram a reduzir as perdas, aumentando 1,4% e 1,2%, respetivamente, à medida que as perspetivas econômicas para a Europa continuavam a piorar.
Os dados mostraram que a produção industrial alemã caiu ligeiramente mais do que o esperado em julho. O Instituto Ifo disse que a economia alemã irá contrair 0,4% este ano, confirmando as previsões anteriores, publicadas em junho.
Já a agência europeia de estatísticas Eurostat reviu sua estimativa de que o Produto Interno Bruto da zona euro cresceu 0,1% no segundo trimestre, em comparação com os três meses anteriores. Em termos anuais, o PIB aumentou 0,5%, disse a Eurostat, revisando sua estimativa anterior de crescimento de 0,6%.
Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,21%, a 7.441,72 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,14%, a 15.718,66 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,03%, a 7.196,10 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,20%, a 28.155,58 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,05%, a 9.310,00 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,29%, a 6.064,56 pontos.