O aumento dos preços dos combustíveis pesou tanto para o produtor quanto para o consumidor e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,37% em setembro, após queda de 0,14% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (28).
A expectativa em pesquisa da Reuters com analistas era de um avanço de 0,40%. Com o resultado do mês o índice passou a acumular em 12 meses queda de 5,97%.
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De acordo com o coordenador dos índices de preço na FGV, André Braz, o indicador do mês reflete o reajuste grande de combustíveis anunciado em meados de agosto pela Petrobras (PETR3/PETR4) — aumento de 16,3% nos preços médios da gasolina e de 25,8% nos do diesel vendidos a distribuidoras.
Segundo ele, não fosse isso, tanto o índice de preços ao produtor quanto ao consumidor no IGP-M do mês teriam apresentado deflação.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,41% em setembro, após queda de 0,17% no mês anterior.
No IPA, a alta dos preços do óleo diesel disparou para 20,74% em setembro, de 4,15% em agosto. Já a gasolina automotiva passou a subir 13,24%, de alta de 0,77% antes.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, avançou 0,27% em setembro, de recuo de 0,19% em agosto.
A maior contribuição para o resultado do IPC foi dada pela alta de 1,75% de Transportes, sob o peso da gasolina, cujo preço subiu 5,01%, ante 0,64% no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu no período 0,24%, repetindo a taxa de agosto.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.