A Trace Finance, fintech brasileira que facilita o câmbio das rodadas de investimento feitas por startups fora do país, está dando um novo passo em direção à segurança de seus clientes. A empresa, que ganhou força ao ajudar as startups a resgatar seu dinheiro no momento da quebra do Silicon Valley Bank (SVB) no início do ano, agora quer conseguir mantê-las em casa.
“Com a quebra do SVB, nossos usuários demandaram mais segurança. Via de regra, eles não queriam deixar seus ativos em um banco que fosse menor do que o que falhou, então vimos muito dinheiro entrando, mas logo os usuários seguiram o ‘flight to safety’ – buscaram bancos mais sólidos, que estivessem dentre os 10 maiores bancos do mundo”, afirma Bernardo Brites, CEO e co-fundador da Trace Finance.
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Foi nesse momento que a companhia procurou pelo BNY Mellon Pershing, do banco BNY Mellon, com mais de US$ 44 trilhões em custódia, para criar uma conta global. “Hoje temos a satisfação de compartilhar que os ativos dos nossos clientes estarão custodiados com a melhor alternativa do mercado, o BNY Mellon Pershing, no maior custodiante do mundo”, afirma Brites.
Inicialmente, a startup pretende bancarizar empresas americanas e holdings offshore de países como Ilhas Cayman, Ilhas Virgens Britânicas, Bahamas e Reino Unido, processo que também ajudará o ecossistema de investimentos em startups como um todo, na visão do CEO.
Com a nova conta global, os clientes da Trace terão rendimentos de até 5,5% ao ano, em dólares, por meio de investimentos em títulos do Tesouro americano. Além disso, os usuários podem garantir até US$ 5 milhões em cobertura do FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation, fundo garantidor de crédito americano) por meio de Cash Sweeps (mecanismo que distribui grandes saldos em diversos bancos para acessar milhões de dólares em cobertura do FDIC).
Com a iniciativa, a fintech que já transacionou mais de R$ 2,5 bilhões espera dobrar a sua base de clientes, que hoje totaliza 500 empresas, e trazer até 60% do valor de futuras rodadas de investimento.