As ações do conglomerado francês de produtos de luxo LVMH caíram nesta quarta-feira, atingindo o valor mais baixo desde dezembro, depois que a companhia divulgou crescimento mais lento de vendas no terceiro trimestre.
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Os papéis de empresas de luxo tem estado sob pressão diante da desaceleração da economia chinesa e da incerteza criada pelo aumento das taxas de juros na Europa e nos Estados Unidos.
As ações da LVMH, que em setembro perderam o título de empresa de capital aberto mais valiosa da Europa, recuavam cerca de 6% em Paris. Os papéis de rivais como Kering, Hermes, Swatch, Richemont e Burberry também eram afetadas.
A LVMH, cujas marcas incluem Louis Vuitton, Dior e Tiffany, teve aumento de 9% na receita do terceiro trimestre, menor do que o esperado, marcando um raro fracasso para a maior empresa de artigos de luxo do mundo, que rotineiramente superava as expectativas com um forte crescimento de dois dígitos.
A LVMH está enfrentando a desaceleração da demanda por produtos de alta qualidade nos Estados Unidos e na Europa, onde o aumento dos preços fez com que os compradores – especialmente as gerações mais jovens – se afastem de uma onda de gastos pós-pandemia, enquanto a recuperação na China tem sido desigual.
“Em nossa opinião, a LVMH continua (…) entre os nomes que devem navegar relativamente melhor nessa volatilidade contínua; mas, com a dinâmica dos lucros atualmente negativa e as perspectivas incertas, vemos um escopo limitado para uma reavaliação (do preço da ação) absoluta no curto prazo”, escreveu o JPMorgan em nota a clientes.
Cerca de 175 bilhões de dólares foram retirados do valor de 10 das principais ações de artigos de luxo da Europa desde o final de março, uma vez que a recuperação da China tem sido difícil e o crescimento está desacelerando, enquanto a inflação alta e o aumento das taxas de juros estão forçando os compradores dos EUA a diminuírem os gastos