A atividade econômica do Brasil teve contração maior do que a esperada em agosto frente ao mês anterior, mostrou nesta sexta-feira o indicador do Banco Central que é considerado prévia do Produto Interno Bruto (PIB), embora tenha subido frente ao mesmo período de 2022.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do PIB, registrou queda de 0,77% em agosto na comparação com julho, segundo números dessazonalizados.
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A leitura veio bem mais fraca que a expectativa em pesquisa da Reuters, de queda de 0,30% no mês, e representou piora acentuada ante a alta de 0,42% vista em julho –desempenho que foi ligeiramente revisado para baixo ante expansão de 0,44% informada inicialmente.
Além disso, o resultado de agosto marcou a contração mensal mais intensa desde maio, quando o IBC-Br despencou 1,85%.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, no entanto, o indicador teve alta de 1,28%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a uma expansão de 2,82%, de acordo com números observados.
Os dados de atividade do IBGE referente aos dois primeiros trimestres do ano vieram bem acima do esperado pelo mercado, mas a expectativa sempre foi de que haveria arrefecimento a partir da segunda metade de 2023 conforme a economia sente os efeitos defasados da política monetária contracionista do Banco Central.
O Comitê de Política Monetária já cortou a taxa Selic em 1 ponto percentual no acumulado de suas duas últimas reuniões, mas, em 12,75%, os juros básicos continuam muito restritivos à atividade, e devem permanecer em patamar contracionista por um bom tempo, mesmo com o atual ciclo de afrouxamento monetário.