Nesta terça-feira (3), o Ibovespa caiu 1,53% e fechou a 113.300,33 pontos, renovando mínimas em quatro meses, totalizando um volume financeiro de R$ 18,08 bilhões. O mercado acompanhou o pessimismo das bolsas no exterior, em mais uma sessão de alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, sem trégua na preocupação com um potencial cenário de juros restritivos por um período prolongado nos Estados Unidos.
Além disso, o dólar à vista emplacou a segunda sessão consecutiva de fortes ganhos no Brasil, encerrando acima dos R$ 5,15, na maior cotação desde março, em mais um dia de avanço das taxas dos títulos norte-americanos e após novos dados de emprego reforçarem a expectativa de juros mais altos por mais tempo nos EUA.
Destaques do dia
Liderando as altas, a Natura (NTCO3) e a Fleury (FLRY3) subiram, respectivamente, 2,90% a R$ 14,55 e 1,60% a R$ 15,91. A ação da Natura&Co chegou a subir mais de 6% em meio a movimentos de recuperação após quatro pregões seguidos de baixa, período em que acumulou um declínio de mais de 9% e tocou uma mínima intradia em quatro meses.
Investidores também continuam atentos ao noticiário envolvendo a rede de lojas The Body Shop, após a fabricante de cosméticos anunciar que avalia “alternativas estratégicas” para a rede, incluindo uma potencial venda.
Entre as maiores pressões de queda, os papéis da Petrobras (PETR3/PETR4) caíram 1,00% e 0,94%. O Ibama confirmou na segunda-feira (2) a emissão de licença ambiental para a empresa perfurar na Margem Equatorial. Após a obtenção da licença, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras disse à Reuters que a companhia deverá investir cerca de US$ 300 milhões na perfuração de dois poços exploratórios da Bacia Potiguar.
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No exterior
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street caíram uma vez que os rendimentos dos Treasuries renovaram seus picos de vários anos, depois que dados de emprego mais fortes do que o esperado alimentaram temores de que os juros permanecerão mais altos por mais tempo.
Os rendimentos dos títulos do governo dos EUA de 10 e 30 anos atingiram o valor mais alto desde 2007, fazendo com que a Apple, a Tesla, a Amazon.com, a Alphabet e a Microsoft caíssem entre 0,8% e 2,5%.
Na Europa, os índices acionários caíram para novas mínimas de seis meses, pressionados por empresas de serviços públicos e mineradoras, já que as apostas de que a taxa de juros dos EUA permanecerá elevada por um período prolongado impulsionaram os rendimentos dos Treasuries e do dólar.
(Com Reuters)
Confira quais são os cinco índices globais com melhor desempenho em 2023
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REUTERS/Jeenah Moon 1. Nasdaq Composite
Valorização em 2023: 29,8%
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Valorização em 2023: 21,1%
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Valorização em 2023: 14,7%
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Reuters/Timm Reichert 5. DAX
Valorização em 2023: 12,2%
1. Nasdaq Composite
Valorização em 2023: 29,8%