O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,50% em setembro, acelerando ante ganho de 0,37% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (3)), uma vez que commodities importantes aumentaram a pressão para o produtor, algo que pode começar a ser repassado para o consumidor em breve.
Apesar da aceleração, o resultado deste mês ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,61%.
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Em 12 meses, o IGP-M ainda tem queda de 4,57%, a menos intensa desde maio deste ano (-4,47%).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, passou a subir 0,60% em outubro, contra alta de 0,41% no mês anterior.
De acordo com o coordenador dos índices de preço na FGV, André Braz, esse desempenho foi influenciado pelo aumento nos preços de commodities importantes, como bovinos (de -10,11% para 6,97%), açúcar VHP (de -2,70% para 12,88%) e carne bovina (-4,55% para 3,85%).
“Essas mudanças, que afetam parcialmente os itens que impactam os preços dos produtos finais no varejo, em breve contribuirão para atenuar a deflação observada no grupo Alimentação do IPC (de -0,60% para -0,39%)”, disse Braz. “Esta classe de despesa tem atuado como um elemento de estabilização, impedindo que a inflação ao consumidor acelere em 2023.”
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu 0,27% este mês, mesma taxa observada em setembro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,20% em outubro, contra ganho de 0,24% no mês anterior.
Dados da semana passada mostraram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, desacelerou ligeiramente a alta em outubro, com nova deflação dos alimentos compensando em parte o salto pontual nas passagens aéreas.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.