O Ibovespa opera em alta de 0,45% na abertura do pregão de hoje (10), a 119.571 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. A valorização é motivada pela alta menos acentuada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação, em outubro. No exterior, os investidores foram recebidos com um balde de água fria após Jerome Powell alertar para as chances de o Fed voltar a subir os juros nos Estados Unidos, se a economia não der sinais de desaceleração.
O dólar recuava 0,14% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9338.
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A alta do IPCA teve leve desaceleração em outubro e ficou abaixo do esperado uma vez que a queda na gasolina compensou o peso das passagens aéreas, com a taxa em 12 meses também perdendo força, reforçando a dinâmica recente de uma inflação controlada no país.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a alta a 0,24% em outubro, depois de subir 0,26% no mês anterior, marcando o quarto mês seguido de taxa positiva.
O resultado divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi mais fraco do que a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,29%. Com isso, o IPCA acumulou nos 12 meses até outubro alta de 4,82%, contra 5,19% no mês anterior e expectativa de 4,87%.
Assim o índice caminha para terminar 2023 perto do teto da meta para este ano, cujo centro é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
No cenário corporativo, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 26,6 bilhões no terceiro trimestre, queda de 42,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, diante de um recuo nos preços globais do petróleo e também pela redução das margens dos derivados no mercado internacional.
O lucro líquido teve ainda um impacto negativo de R$ 600 milhões, influenciado principalmente por contingências judiciais e baixa contábil de ativos, informou a companhia. Desconsiderando os itens não-recorrentes, o lucro líquido seria de 27,2 bilhões de reais.
O resultado veio abaixo do esperado por analistas, que previam um lucro líquido recorrente de R$ 28,74 bilhões, em média, conforme pesquisa da LSEG.
A companhia elétrica mineira Cemig encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 1,23 bilhão, uma alta de 20% em relação ao apurado em igual período do ano passado.
Segundo a empresa, o desempenho do trimestre foi impactado positivamente por um crescimento dos números da área de comercialização de energia, a partir de uma estratégia diferenciada e maior margem, além de aumento da energia distribuída por sua concessionária e do lucro na distribuidora de gás Gasmig.
O IRB(Re) divulgou um lucro líquido de R$ 47,7 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de quase R$ 300 milhões sofrido no mesmo período do ano passado.
O lucro foi apoiado em parte pela melhora no resultado financeiro, que ficou positivo em quase R$ 169 milhões, embora os prêmios emitidos tenham caído para cerca de R$ 2 bilhões. Um ano antes, os prêmios emitidos tinham somado R4 2,4 bilhões.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, os investidores não se animaram com as notícias sobre política monetária provenientes do Federal Reserve, banco central norte-americano. De acordo com o chair Jerome Powell, existem chances de o Fed voltar a subir o juro, se a economia não der sinais de desaceleração.
Na Ásia, as ações da China caíram nesta sexta-feira, pressionadas por fabricantes de bebidas alcoólicas e de automóveis, enquanto analistas esperam por mais medidas de estímulo para ajudar a reanimar a economia e aumentar o apetite pelo risco.
As ações do setor automotivo lideraram as quedas, caindo 3%, com a Chongqing Changan Auto Co perdendo 5,2%. O setor de bebidas alcoólicas ampliou seu declínio, com queda de 1,4%.
Apesar de uma melhora no sentimento, dados macroeconômicos mistos de outubro reafirmaram que a pressão macroeconômica persiste, disseram analistas do Morgan Stanley.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,76%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,11%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,47%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,24%.
Na Europa, a economia do Reino Unido ficou estagnada no terceiro trimestre, mas ao menos conseguiu evitar o início de uma recessão, mostraram números da Agência de Estatísticas Nacionais nesta sexta-feira.
A variação de 0% no Produto Interno Bruto no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores foi um pouco melhor do que a previsão de queda de 0,1% em pesquisa da Reuters com economistas, resultado que muitos analistas disseram que provavelmente representaria o início de uma recessão.
O Stoxx 600 perdia 0,94%; na Alemanha, o DAX recuava 0,60%; o CAC 40 em queda de 0,94% na França; na Itália, o FTSE MIB cai 0,35%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 1,25% no Reino Unido.
(Com Reuters)