O Ibovespa opera em queda de 0,15% na abertura do pregão desta terça-feira (28), a 125.536 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O índice é afetado pela divulgação do IPCA-15, indicador que mede a inflação do país, que avançou 0,33% em novembro, acima das expectativas do mercado.
O dólar recuava 0,15% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,8919.
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Os preços de alimentos pesaram e o IPCA-15 acelerou a alta em novembro, mas ainda assim a taxa em 12 meses foi abaixo de 5%, num momento de redução da taxa básica de juros pelo Banco Central.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir 0,33% em novembro depois de alta de 0,21% em outubro, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A leitura mensal do indicador considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,30%.
Apesar da aceleração mensal, o IPCA-15 passou a acumular nos 12 meses até novembro avanço de 4,84%, contra 5,05% no mês anterior e projeção de analistas de 4,80%.
Esse resultado deixa o índice perto do teto da meta para a inflação este ano, cujo centro é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.
A confiança da indústria voltou a melhorar em novembro depois de quatro meses de perdas diante da percepção de melhora da situação atual, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,9 ponto em novembro na comparação com o mês anterior, chegando a 92,7 pontos, de acordo com os dados da FGV.
“O resultado reflete uma percepção de melhora da situação atual, influenciada pela melhora gradual da demanda e pelo movimento de escoamento de estoques que, apesar disso, permanecem distantes de uma situação de normalidade”, explicou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
No cenário corporativo, o Carrefour Brasil anunciou que descontinuou a previsão de que sua unidade de atacarejo Atacadão atinja vendas brutas de R$ 100 bilhões em 2024, segundo fato relevante ao mercado.
A companhia afirmou que desistiu do “guidance” diante das mudanças no cenário macroeconômico do país desde a divulgação da projeção em setembro de 2021.
A empresa, que no acumulado do ano até o final de setembro atingiu receita bruta de R$ 84,4 bilhões, projetou investimentos de entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,6 bilhões no próximo ano, quando pretende abrir entre 10 e 12 lojas Atacadão no país e 7 a 9 lojas Sam’s Club.
Mercados internacionais
Na Ásia, as ações de Hong Kong caíram nesta terça-feira enquanto o mercado chinês fechou em leve alta, em meio à lenta recuperação da economia do país e ao sentimento fraco dos investidores.
“Os dados econômicos recentes da China ainda estão relativamente fracos e não refletem a desaceleração do Fed no aumento das taxas de juros”, disse Li Yanzheng, gestor de fundos da Fortune & Royal Asset. “Portanto, o mercado tem dificuldades, já que as ações de grande capitalização permaneceram fracas, enquanto as ações de menores tiveram um desempenho superior.”
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,98%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,31%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,23%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,12%.
Na Europa, o Banco Central pode precisar aumentar novamente os juros se as perspectivas de inflação piorarem, e o banco não deve se apressar em flexibilizar a política monetária muito rapidamente após o conjunto mais acentuado de aumentos de taxa já registrado, disse o chefe do Bundesbank, Joachim Nagel, nesta terça-feira.
O BCE sinalizou taxas inalteradas por vários trimestres à frente e os investidores agora estão precificando cortes no início de 2024, o que levou conservadores como Nagel a contestar essas apostas, mesmo que as perspectivas de inflação sejam “animadoras”.
“Isso não significa necessariamente que o atual ciclo de aumentos tenha terminado”, disse Nagel, uma voz influente no Conselho do BCE, que define as taxas, em um discurso no Chipre.
O Stoxx 600 perdia 0,62%; na Alemanha, o DAX recuava 0,14%; o CAC 40 em queda de 0,55% na França; na Itália, o FTSE MIB cai 0,27%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,41% no Reino Unido.
(Com Reuters)