As ações chinesas ampliaram sua queda nesta segunda-feira (18), após cinco perdas semanais consecutivas. Dados recentes mostraram uma recuperação econômica lenta, além dos sinais na reunião de líderes não empolgar os investidores.
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O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 0,36%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,4%.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve baixa de 0,97%.
As ações asiáticas em geral caíram em um fraco início de semana. O banco central do Japão pode se distanciar ainda mais de suas políticas monetárias expansionistas. Enquanto isso, uma leitura sobre a inflação dos Estados Unidos deve sustentar a precificação do mercado de cortes na taxa de juros.
O tom da Conferência Anual de Trabalho Econômico Central, na semana passada, permaneceu favorável ao crescimento. Mas “não houve muitos detalhes sobre medidas específicas de flexibilização, especialmente no mercado imobiliário”, comunicou o Goldman Sachs em uma nota.
Dados econômicos recentes são mistos, mas o quadro macro de um mercado imobiliário fraco e de um afrouxamento da política monetária relutante permanece inalterado, acrescentou o Goldman Sachs.
As Promessas do governo da China
A economia da China deve ter condições mais favoráveis em 2024, disse a mídia estatal citando autoridades do gabinete de finanças e economia do Partido Comunista chinês.
As políticas macroeconômicas continuarão a dar apoio à recuperação econômica, disse a agência oficial Xinhua em uma leitura detalhada da Conferência de Trabalho Econômico Central anual realizada de 11 a 12 de dezembro, durante a qual os principais líderes definiram as metas econômicas para o ano seguinte.
“Os preços na China estão baixos, os níveis de dívida do governo central não estão altos e há condições para fortalecer a implementação de políticas monetárias e fiscais”, disse a Xinhua, citando o gabinete da Comissão Central de Assuntos Financeiros e Econômicos.
Ainda assim, persistem bloqueios no ciclo econômico doméstico, já que a demanda, o consumo e o investimento empresarial continuam fracos.
No próximo ano, as autoridades do partido disseram que a China procurará mudar de uma recuperação pós-pandemia para um crescimento sustentado do consumo.
No mês passado, o Fundo Monetário Internacional revisou para cima sua previsão de crescimento a China a 5,4% este ano, atribuindo a revisão a uma “forte” recuperação pós-Covid. O governo estabeleceu uma meta de cerca de 5%.
A segunda maior economia do mundo também cultivará novas áreas de crescimento do consumo, como casas inteligentes, recreação, turismo e eventos esportivos.
Os efeitos da emissão de títulos deste ano, cortes nas taxas de juros, redução de impostos e taxas e outras políticas continuarão no próximo ano, segundo a Xinhua.
A China também continuará a monitorar seu mercado imobiliário e atenderá às necessidades razoáveis de financiamento das empresas imobiliárias.
“Com os esforços conjuntos de todas as partes, os objetivos da política de prevenção de riscos imobiliários e estabilização do mercado podem ser totalmente alcançados”, disse a Xinhua.
Fechamentos na Ásia
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,64%, a 32.758 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,97%, a 16.629 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,40%, a 2.930 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,36%, a 3.329 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,13%, a 2.566 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,12%, a 17.652 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,11%, a 3.113 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,22%, a 7.426 pontos.