O Ibovespa opera em leve alta de 0,03% na abertura do pregão de hoje (13), a 126.441 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O pregão deve ser marcado por expectativas em torno da última decisão de 2023 do Banco Central e também do Federal Reserve, que ditarão a trajetória dos juros no Brasil e nos Estados Unidos em 2024.
O dólar recuava 0,31% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9505.
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O volume de serviços no Brasil registrou queda inesperada em outubro, marcando o terceiro mês seguido no vermelho, impactado pelas perdas em transportes e serviços prestados às famílias.
Na comparação com o mês anterior, o setor de serviços registrou em outubro recuo de 0,6%, frustrando a expectativa em pesquisa da Reuters de estabilidade.
Com esse resultado, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor acumula perdas de 2,3% em três meses e elimina o ganho da mesma magnitude visto entre maio e julho.
Os dados mostraram ainda que o volume de serviços teve recuo de 0,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, contra expectativa de alta de 0,4%.
No cenário corporativo, a Americanas informou na noite de terça-feira que recebeu do Banco Votorantim e do Banco Daycoval termos de adesão e apoio ao seu plano de reestruturação, que envolve o plano de recuperação judicial da companhia.
A varejista afirmou em comunicado ao mercado que seu Acordo de Apoio à Reestruturação, Plano de Recuperação Judicial, Investimento e Outras Avenças (PSA) passou a contar com o apoio de credores quirografários titulares de mais de 38,5% da dívida da companhia, “excluindo os créditos intercompany”.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve deve manter a taxa de juros nesta quarta-feira pela terceira vez consecutiva, mas também sinalizar que uma mudança para um afrouxamento monetário não ocorrerá em breve nem será acentuada, dado o progresso irregular na desaceleração da inflação nos Estados Unidos.
Nas projeções econômicas trimestrais a serem divulgadas ao final de uma reunião de dois dias, as autoridades do banco central dos EUA ainda devem incluir pelo menos dois cortes nos juros até o final do próximo ano, conforme buscam o equilíbrio certo entre uma política monetária que seja restritiva o suficiente para desacelerar os gastos e as contratações, mas não tão rígida a ponto de levá-los a uma queda vertiginosa.
Na Ásia, as ações da China interromperam três dias de ganhos nesta quarta-feira, com as ações de Hong Kong também caindo, uma vez que as mensagens da Conferência Central de Trabalho Econômico, com foco na redução dos riscos mas sem novos estímulos ao setor imobiliário, falharam em entusiasmar os investidores.
Por lá, a Fitch Ratings disse nesta quarta-feira que sua perspectiva para a China em 2024 é neutra, mas que o país continuaria a enfrentar ventos contrários devido à demanda externa fraca, aos desafios do setor imobiliário e à dívida do governo local.
A Fitch previu que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China continental será de 4,6% no ano que vem, ante pouco mais de 5% em 2023, acrescentando que “prevê que o crescimento seja amplamente estável e, em geral, em níveis acima dos pares de mesma recomendação”.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,89%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,09%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 1,15%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,25%.
Na Argentina, o banco central vai manter a taxa básica de juros em 133%, segundo um comunicado publicado na manhã desta quarta-feira, e adotará uma nova medida que enfraquecerá constantemente o peso em 2% a cada mês após a forte desvalorização planejada.
O comunicado foi divulgado depois que o ministro da Economia do novo presidente libertário, Javier Milei, apresentou um pacote de medidas econômicas na terça-feira para enfrentar um profundo déficit fiscal, inflação de três dígitos e escassez de reservas internacionais.
“Todas as ferramentas de política monetária terão como objetivo alcançar a estabilidade monetária e reduzir a inflação”, disse o banco central.
Na Europa, a produção industrial da zona do euro caiu mais do que o esperado em outubro, com a queda mais acentuada em bens de capital, como máquinas, reforçando as indicações de que o bloco monetário está em recessão.
O escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, informou nesta quarta-feira que a produção industrial nos 20 países que compartilham o euro caiu 0,7% em outubro em relação ao mês anterior, registrando uma queda de 6,6% na comparação com o ano anterior.
Ao mesmo tempo, a economia britânica encolheu em outubro, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira, aumentando o risco de uma recessão e testando a determinação do Banco da Inglaterra de manter sua linha dura anti-inflação contra cortes de juros, que estão em seu nível mais alto em 15 anos.
O Produto Interno Bruto (PIB) britânico caiu 0,3% em relação a setembro, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais, acrescentando que o tempo excepcionalmente úmido pode ter afetado os dados.
O Stoxx 600 ganhava 0,28%; na Alemanha, o DAX avançava 0,14%; o CAC 40 em alta de 0,29% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,22%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,37% no Reino Unido.
(Com Reuters)