O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (6) em queda de 1,01%, aos 125.622 pontos, puxada por empresas de petróleo, que caíram com força na sessão de hoje, acompanhando a queda do petróleo no exterior, tanto do WTI como do Brent. Com isso, as petrolíferas estão entre as maiores quedas.
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Os preços do petróleo caíram cerca de 4% nesta quarta-feira, uma vez que um aumento maior do que o esperado nos estoques de gasolina nos EUA preocupou os mercados em relação à demanda. Os futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 3,8%, a 74,30 dólares por barril. Os futuros do petróleo WTI dos EUA caíram 4,1%, para 69,38 dólares o barril. Apesar de não ter ficado entre as cinco maiores baixas do Ibovespa, a Petrobras (PETR4), que possui um peso relevante no índice, também registrou queda de 3,60%, negociada a R$ 33,50.
Dados positivos da criação de vagas no setor privado em novembro nos Estados Unidos (ADP, em inglês) ajudaram no bom movimento dos Treasuries hoje. Os EUA criaram 103 mil vagas, abaixo do esperado, de 130 mil vagas no mês. Além disso, o crescimento salarial também desacelerou, com um aumento de salário de 5,6% no mês, considerado o ritmo mais devagar desde setembro de 2021.
Esses dados reforçam que a queda de juros pelo Federal Reserve parece estar cada vez mais próxima. Agora, o mercado volta a atenção para a divulgação dos dados do relatório de empregos, o Payroll, que saem na sexta-feira.
“Ontem a divulgação do relatório Jolts também animou o mercado após trazer queda na abertura de vagas”, diz Fabio Louzada, economista. “Com isso, aumentou para 65% as apostas de que o primeiro corte de juros do FED já deve vir em março”.
A queda de juros futuros por aqui seguiu o desempenho dos Treasuries. Com isso, algumas varejistas se destacam positivamente, como Carrefour e Grupo Pão de Açúcar.
O dólar à vista fechou em baixa ante o real nesta quarta-feira, pela segunda sessão consecutiva. A moeda encerrou o dia cotada a 4,9022 reais na venda, em queda de 0,47%. Em dezembro, o dólar acumula baixa de 0,27%.
“Hoje foi um dia de alívio no mercado de câmbio, que respondeu a dados mais fracos do mercado de trabalho nos EUA. Isso foi suficiente para o mercado voltar a precificar queda nos juros a partir do início do próximo ano”, diz Cristiane Quartaroli,economista do Banco Ourinvest. “E com isso, houve queda nos juros dos treasuries, que favoreceram as moedas emergentes”.
DESTAQUES DO IBOVESPA
(pregão à vista)
Maiores Altas
HYPE3: +6,03% a R$ 36,60
PCAR3: +3,92% a R$ 3,98
RAIZ4: +2,89% a R$ 3,56
CVCB3: +2,79% a R$ 3,69
UGPA3: +2,53% a R$ 25,55
Maiores Baixas
SMTO3: -4,44% a R$ 29,94
BRFS3: −4,34% a R$ 13,88
RECV3: −3,95% a R$ 19,33
PRIO3: −3,99% a R$ 41,44
PETR4: −3,60% a R$ 33,50
Exterior
O índice de ações alemão atingiu um novo pico recorde nesta quarta-feira, depois que dados decepcionantes sobre pedidos industriais no país apoiaram apostas de uma rápida redução das taxas de juros pelo Banco Central Europeu no próximo ano.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,52%, a 470,06 pontos, enquanto o índice DAX de Frankfurt subiu 0,75%, a 16.656,44 pontos.
Em Wall Street, o S&P 500, Dow Jones e Nasdaq encerraram a sessão com queda de 0,39%, 0,19% e 0,58%, respectivamente.
(Com Reuters)