O Ibovespa opera em alta de 0,25% na abertura do pregão desta sexta-feira (15), a 131.215 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O pregão será marcado por uma série de indicadores que serão divulgados nos Estados Unidos e na Europa, além da divulgação do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) por aqui. A votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados também pode alterar os ânimos no fim desta semana.
O dólar avançava 0,37% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9327.
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O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou a alta mais do que o esperado em dezembro, marcando a taxa mensal mais intensa em um ano e meio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, citando nova pressão de commodities importantes.
O IGP-10 teve alta 0,62% neste mês, contra avanço de 0,52% em novembro, ficando bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,48% e registrando a variação positiva mais acentuada desde junho de 2022 (+0,74%).
Assim, o índice encerrou o ano com queda acumulada em 12 meses de 3,56%, desacelerando as perdas ante a deflação de 3,81% em novembro.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, avançou 0,81% em dezembro, contra alta de 0,60% no mês passado, mas fechou 2023 com queda acumulada de 6,02%.
“Os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor (IPA) foram as commodities de grande relevância”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços, sobre o resultado de dezembro.
Em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse na noite de quinta-feira que a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária será votada pelo plenário da Casa nesta sexta-feira.
“Hoje terminamos os ajustes para votar a tributária amanhã (sexta) de maneira virtual”, disse Lira, segundo a Agência Câmara Notícias.
Por se tratar de uma PEC, a reforma tributária precisa dos votos favoráveis de 308 deputados em dois turnos de votação para ser aprovada pela Casa.
Mercados internacionais
Na Ásia, as ações da China devolveram os ganhos iniciais e terminaram esta sexta-feira em baixa, depois que fontes disseram à Reuters que o país terá um déficit orçamentário para 2024 menor do que o esperado, enquanto as ações de Hong Kong subiram com a decisão das autoridades de sustentar o mercado imobiliário.
O mercado asiático em geral atingiu um pico de quatro meses uma vez que quedas acentuadas no dólar e nos rendimentos dos títulos dos Estados Unidos ampliaram os ganhos impulsionados pelo Fed, mas a resistência dos bancos centrais da Europa a cortes nos juros pode ser um golpe para as expectativas de uma mudança global na política monetária.
Os líderes chineses concordaram, em uma reunião anual sobre a economia nesta semana, em executar um déficit orçamentário de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, disseram três fontes com conhecimento do assunto, enquanto outros apoios fiscais podem ser cobertos por dívidas extraorçamentárias.
Embora o valor do déficit seja menor do que a meta revisada de 3,8% para este ano, sugerindo que Pequim quer manter a disciplina fiscal e não está considerando uma grande bomba fiscal no próximo ano, a opção de emitir dívida soberana fora do orçamento lhe dá flexibilidade para aumentar o estímulo para manter o crescimento econômico estável.
O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 2,38%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 1,41%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,56%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,87%.
Na Europa, a retração da atividade empresarial da zona do euro se aprofundou de forma inesperada em dezembro, de acordo com uma pesquisa que indicou que a economia do bloco está quase certamente em recessão.
No último trimestre, a economia da zona do euro contraiu 0,1%, segundo dados oficiais, e o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de dezembro – considerado um bom indicador da saúde econômica – sugeriu que a atividade diminuiu em todos os meses deste trimestre.
O PMI Composto preliminar do HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 47,0 neste mês de 47,6 em novembro, frustrando as expectativas em uma pesquisa da Reuters de um aumento para 48,0 e marcando seu sétimo mês abaixo do nível de 50, que separa crescimento de contração.
Por lá, o próximo passo do Banco central Europeu deve ser a redução das taxas de juros de seus picos recordes, mas primeiro o BCE deve “apreciar a vista” por um tempo, disse o chefe do banco central francês, François Villeroy de Galhau, nesta sexta-feira, dando a entender que uma redução não é iminente.
“O próximo movimento deve ser, salvo surpresas, uma redução”, disse Villeroy à televisão Boursorama, acrescentando que o banco central será guiado por dados econômicos e não por considerações de calendário.
O Stoxx 600 ganhava 0,19%; na Alemanha, o DAX avançava 0,25%; o CAC 40 em alta de 0,50% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,26%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,56% no Reino Unido.
(Com Reuters)