O bilionário líder do maior banco dos EUA emitiu duras críticas às criptomoedas durante uma audiência no Senado na quarta-feira (6), sugerindo que a única razão pela qual as criptomoedas existem é para financiar atividades ilegais e incentivando o governo a “fechar” a indústria de US$ 1,7 trilhão.
Ao aparecer ao lado dos chefes de outros seis grandes bancos perante o painel bancário do Senado, o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, afirmou ser “fortemente contrário” ao bitcoin e às criptomoedas em geral.
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Dimon, cujo patrimônio a Forbes estima em US$ 1,8 bilhão, explicou que o “único caso de uso verdadeiro” para as criptomoedas é por “criminosos, traficantes de drogas e outros indivíduos mal-intencionados” que buscam contornar impostos e leis de lavagem de dinheiro. “Se eu fosse o governo, eu derrubaria as criptomoedas”, concluiu Dimon.
A Senadora Elizabeth Warren (D-Mass.), que questionou Dimon sobre grupos terroristas recebendo financiamento por meio de criptomoedas, afirmou: “Quando se trata de política bancária, geralmente não estou de mãos dadas com os CEOs de bancos multibilionários, mas este é um assunto de segurança nacional.”
Cenário
A crítica de Dimon às criptomoedas ocorre apesar da significativa incursão do JPMorgan no blockchain, a mesma tecnologia que impulsiona o bitcoin e outras moedas digitais, como seu serviço de registro “JPM Coin”.
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Separadamente, o apoio institucional às criptomoedas como uma classe de ativos de investimento também cresceu este ano, com empresas como BlackRock e Fidelity apresentando documentos regulatórios para abrir um fundo negociado em bolsa de bitcoin.
O bitcoin valorizou mais de 165% este ano, negociando em seu nível mais alto desde abril de 2022, ganhando apesar do recente desenrolar das antigas maiores exchanges de criptomoedas, FTX e Binance. Dimon já expressou anteriormente sua aversão às criptomoedas, que ele classificou no ano passado como pouco mais do que “esquemas de Ponzi descentralizados”.